A Primeira Vereadora de Paranaguá Sully da Rosa Villarinho

hamilton |11 setembro, 2024

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Sully da Rosa Villarinho nasceu em Paranaguá em 17 de fevereiro de 1912, filha de Antônio Ferrer da Rosa e Sylvia Mariano da Rosa.

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Sully da Rosa Villarinho foi uma conceituada professora que se diplomou, em 1934, com distinção, pela Escola Normal Doutor Caetano Munhoz da Rocha. Fez carreira no magistério como adjunta da Escola de Aplicação, que estava anexada à Escola Normal enquanto ainda era aluna. Posteriormente, foi regente de classes na Escola Dom Pedro II e, em 1945, tornou-se diretora da Escola de Aplicação. Além disso, foi catedrática interina de português no Colégio Estadual José Bonifácio, em Paranaguá.

Seu talento precoce manifestou-se aos 6 anos, quando já declamava, e aos 12 anos publicou seu primeiro trabalho na revista Itiberê. Ainda no período colegial, fazia discursos sobre política em praças públicas. Durante o período revolucionário de 1930, a professora Sully fez vários discursos em praças públicas, conquistando o aplauso e a simpatia de seus conterrâneos, o que resultou em sua candidatura à Câmara de Vereadores, sendo eleita a primeira vereadora de Paranaguá.

Casou-se em Curitiba, em 11 de abril de 1940, com Cyriaco Mires Vilarinho e, com ele, teve as seguintes filhas: Sully Adonay e Cleomary. Poetisa, oradora, jornalista e escritora, destacou-se na vida social, política e literária de Paranaguá.

Teve uma intensa vida cultural, participando ativamente do Club Litterário de Paranaguá, do Centro de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá. Conviveu em um dos períodos mais significativos da cultura parnanguara, ao lado de ilustres e dedicados homens e mulheres que contribuíram para o desenvolvimento cultural da cidade. Na área literária, destaca-se um notável trabalho de sua autoria, intitulado A Bruxa. Suas poesias estão espalhadas em vários jornais e revistas, e ela também publicou o livro BROQUEIS.

Na noite de 29 de novembro de 1952, o “Club Litterario” abriu seus salões para prestar homenagem ao casal Prisciliano Corrêa e D. Pórcia Pereira Corrêa, na data festiva de suas bodas de ouro.

Raquel Nascimento declamou “Bênção recebida”,  poesia de Sully da Rosa Vilarinho.

Sully da Rosa Villarinho, após ficar viúva, mudou-se para a capital e faleceu em 22 de julho de 1985, aos 73 anos. Atualmente, duas escolas levam seu nome: uma da rede municipal, localizada na Ponta do Caju, em Paranaguá, e outra da rede estadual, situada em Pontal do Paraná.

Hamilton Ferreira Sampaio Junior

SIQUEIRA, Luis. Coisas nossas. Coisas Nossas, Paranaguá, ano 126, v. 1, n. 2, p. 1-126, 1 jul. 1985.

http://www.plprsullyvilarinho.seed.pr.gov.br

http://sullynaweb.blogspot.com/p/patronesse.html

 

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