Didio Iratim Affonso da Costa

hamilton |02 setembro, 2024

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Nascido na cidade de Guarapuava em 17 de agosto de 1881, filho de José de Santo Elias Affonso da Costa e de Dona Júlia Guilhermina Caillot Affonso da Costa.
Matriculou-se na Escola Naval do Rio de Janeiro em 10 de abril de 1899, após concluir o curso preparatório no Ginásio Paranaense.
Foi promovido a guarda-marinha em 10 de dezembro de 1902, a 2º tenente em 8 de abril de 1903, a 1º tenente em 11 de janeiro de 1908, e a capitão-tenente em 11 de fevereiro de 1914.
Casou-se com Dona Olívia de Almeida Faria em 24 de abril de 1906, em Curitiba, Paraná, Brasil.

Além das inúmeras viagens pela costa do Brasil, visitou as Antilhas, os Estados Unidos, a Inglaterra, a França, a Espanha, Portugal e a África.
Como oficial da Marinha de Guerra Brasileira, exerceu cargos importantes tanto em embarcações quanto em terra. Comandou a Escola de Aprendizes Marinheiros do Estado do Paraná; serviu no Estado-Maior da Armada (4ª sessão); foi imediato de destroyers; representou o Ministro da Marinha no Terceiro Congresso Brasileiro de Geografia; exerceu funções de ajudante de ordens de almirantes; foi também inspetor do Arsenal de Marinha no Rio de Janeiro e superintendente de navegação; além de chefe do Estado-Maior da Armada e do Ministério da Marinha.
Teve longa permanência nos Estados Unidos, nos estaleiros do Brooklyn, onde também assistiu aos grandes exercícios da esquadra americana do Atlântico.

Participou de diversas produções técnicas, algumas das quais foram publicadas no Boletim do Clube Naval e na Revista Marítima Brasileira, além de outras nos arquivos militares.
De suas produções literárias, algumas foram reunidas na brochura intitulada “Aspectos” (1912).
Sua inteligência destacou-se com artigos publicados nas colunas de O Povo, O Cosme, A Luta, O Diário da Tarde, O Diário do Comércio, O Diário do Rio Grande, inclusive escrevendo sob o pseudônimo de Herculano Mariz.
Foi o primeiro secretário do Clube Naval do Rio de Janeiro e do Instituto Técnico Naval, tendo dirigido por dois anos a revista publicada por essa instituição. Foi orador oficial em uma das grandes comemorações de 11 de junho, presidida pelo supremo magistrado da República, com a presença de ministros de Estado e altas autoridades nacionais e estrangeiras.
Foi dirigente da Escola de Aprendizes Marinheiros de Paranaguá.

Oficial brilhante, galgou todos os postos até o de Contra Almirante, em outubro de 1950. Mas, ao lado do homem voltado para o mar, vale a pena citar sua curta experiência de politico, como prefeito de Paranaguá e como deputado estadual, chegando a ser lembrado como candidato à presidente do Estado.

Foi Capitão dos Portos e Comandante da Escola de Aprendizes Marinheiros, ambos em Paranaguá. Por seus méritos, fez jus às comendas da Ordem do Mérito Naval e da Ordem Militar de Aviz, além de outras condecorações pertinentes à vida de marinheiro.

Técnico, historiador, poeta, deixou várias obras, destacando-se as biografias Julio de Noronha e Saldanha da Gama, ambas de 1944; Barroso, Tamandaré e Inhaúma, 1922; O Mar e o Brasil, 1941; Subsídios para a História Marítima do Brasil, em nove volumes;  O Brasil e o Ciclo das Grandes Navegações, 1940, e o Bogio de seu Patrono, o Marechal Bormonn, 1924. Membro de várias instituíções culturais, de vários Instituto Históricos e de várias Sociedade Geográfica, e do Centro de Letras do Paraná e da Academia de Letras do Paraná.

Faleceu no Rio de Janeiro em 23 de março de 1953, no posto de Almirante.

No ano de 1981 recebeu uma homenagem na assembleia legislativa do Paraná.

 

Hamilton F. Sampaio Junior

Referências:

Alessandro Cavassin Alves (2014). «A Província do Paraná (1853-1889) a classe política. A parentela no governo.» (PDF). Universidade Federal do Paraná – Tese de Doutorado em Sociologia. Consultado em 19 de julho de 2016

AGOSTINHO DE LEÃO, Ermelino. Coisas nossas: Coisas nossas. 1. ed. Paranagua: Propria, 1956. 12 p. v. 1.

 

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