Alcides Augusto Pereira

hamilton |25 novembro, 2019

Blog | Rastro Ancestral

Nasceu em Paranaguá em 8 de Maio de 1870, foi chefe de Policia na gestão de Theophilo Soares Gomes, o Coronel Alcides Augusto Pereira foi Maçom do gr 18 na Loja Perseverança de Paranaguá, teve em seu primeiro casamento com a Sra Aurora Vespertina os seguintes filhos:

Bernardino Pereira Netto, Aurora Pereira de Andrade o Padre Dr Alcidino Pereira, Alcides Pereira Junior, Altamiro Pereira e Alice Pereira, contraiu o segundo matrimonio em Minas Gerais com a Sra Annita Guedes Pereira o qual teve 2 filhos Lazaro e Sylvia.

O Coronel José Gonçalves Lobo irmão também da Sra Izabel Pereira Gomes esposa do Dr Arthur Heraclito Gomes Juiz de Direito da cidade de Castro era cunhado do Coronel Luiz Victorino Picanço, segundo consta em registros de seus amigos ele teve a rara felicidade de não contar com um só desafeto durante sua vida, faleceu em Paranaguá em 22 de Maio de 1923 com a idade de 53 anos, Coronel Alcides foi Sócio do Clube Literário de Paranaguá dentre outros.

O Coronel Alcides era filho de Bernardino Pereira e era irmão do Conego Alcidino Gonzaga Pereira e do cartorário Bernardino Pereira Neto.

Começou sua vida comercial como empregado de seu primo Coronel Theodorico dos Santos do qual mais tarde se tornou associado da Firma Theodorico & Alcides.

 

Casou-se em 6 de Setembro de 1890 com Aurora Vespertina Pereira.

Em 31 de Janeiro de 1901 sua esposa a Sra. Aurora Vespertina Pereira suicidou-se na casa de sua mãe, enquanto o Ten Coronel Alcides estava em Minas Gerais, conta-se que ele enviava cartas para ela a cada navio que chegava em Paranaguá, deixou seis filhos, inclusive foi mostrado uma carta que seria a última entregue o qual o Ten Coronel Alcides falava em leva-la para Minas no mesmo mês corrente.Participação na Revolução Federalista

Após uma reunião com os Políticos Maragatos locais (Paranaguaras), e entre eles inúmeros maçons , ficou acertado que o Almirante Custódio de Mello, através do imigrante italiano anarquista, jornalista  residente em Curitiba, Francisco Colombo Leone que futuramente pertencerá a Loja Luz Invisível, de Curitiba, o dia em que a Esquadra atracaria em seu porto.

Fazia parte de um plano geral, um levante liderado pelo maçom Coronel Theófilo Soares Gomes, da Loja Perseverança, contra a guarnição local legalista comandada pelo Coronel Eugênio de Mello.

No dia 13 de Janeiro de 1894 que fora a data marcada para a esquadra chegar, mas isso não ocorreu. O coronel Eugênio de Mello venceu os revoltosos e os prendeu todos.

A ordem inicial do General Pego Junior, foi para fuzilar os cabeças do levante porém, segundo um telegrama do Ministro da Guerra, General Enéas Galvão, só poderiam ser fuzilados, após passarem por um tribunal Militar e serem julgados culpados, segundo as leis da Guerra. Esta regra militar só valeu no início da revolução.

Entre a oficialidade Legalista estavam vários membros da Loja Perseverança , de Paranagua , o Coronel  Artur de Abreu, o Coronel João Guilherme Guimarães, major Randolfo Gomes da Veiga, Coronel Teodorico Júlio dos Santos o Capitão Thiago Pereira de Azevedo, além do tenente Júlio David Perneta, este pertencente a Loja Estrela de Antonina, onde foi Venerável e também pertenceu a Loja Modéstia de Morretes.

Com a Prisão dos Revoltosos houve festa dos legalistas. O comandante Coronel Eugenio de Melo desfilou pela cidade a frente de um contingente militar inclusive com uma banda de musica, dando vivas a Floriano, Vicente Machado e a Republica. Após o Bombardeio e desembarque na cidade a resistência somente ficou na Cadeia  Municipal, apenas mais um registro, um canhão foi postado sobre a ponte que existia em frente à Igreja do Rocio, para dificultar o desembarque das tropas invasoras em Paranaguá.

O navio República lançou tiros de canhão sobre a ponte do Rocio e, assim, furou as paredes da Igreja.

O historiador Rocha Pombo, quando de sua visita ao Rocio em 1896, descreveu a triste situação em que ficou a Igreja: “toda destruída”. Dos restos de materiais da Igreja foi construída a torre da Igreja de São Benedito. .

Recordando os episódios da Revolução Federalista, em Paranaguá, observamos, entre dois “Partidos” que se degladiam por um Governo na mão, não cabe a nenhum deles julgar o adversário. Isso porque, cada um deles tem as suas convicções e as defende com o máximo ardor, a Revolução Federalilsta, se vitoriosa fosse, decerto veríamos um governo de vinganças e desforras, um sem número de horrores e de ódios tremendos contra os vencidos…

Como a Revolução não venceu; vimos indivíduos legalistas que perderam toda a noção de sentimento humano; verdadeiras feras, sedentas também de ódio implácavel…

E para que os pósteros jamais esqueçam que, mais de 35 paranaguaras, por serem simpatizantes à Revolução Federalista, iriam ser fuzilados (a pedido de alguns Paranaguaras) Legalistas, deixamos neste simples mais verídico episódio o nome de alguns cidadões dentre eles Alcides Augusto Pereira.

No período de ocupação das forças Federalistas ocupou o cargo de chefe de policia, segundo seus acusadores no julgamento sobre sua participação na Revolução Federalista o qual foi absolvido.

Alcides Augusto Pereira fez parte também da Empresa Predial Paranaguense

Informa acima que era proprietário da empresa de roupas atacado e varejo de fazendas, ferragens armarinho, molhados etc .

 

Viajou para o Acre e retornou muito doente, nunca mais conseguiu se recuperar desta doença.


Designado pelo General Gumercindo Saraiva para a Comissão de Empréstimos de Guerra.

Exerceu o cargo de Juiz Distrital em Paranaguá em 1894, conforme recorte do Jornal a Federação de Janeiro de 1894.

Boletim do Grande Oriente do Brasil pág 407 do ano de 1898 edição 05 ao Vale do Lavradio.

Relato de julgamento em 1896

“Aqui foi realizado o combate final no dia 15/1/1894. A luta durou a noite inteira e no dia 16/1/1894, houve a rendição da tropa legalista encurralada na cadeia velha. O artilheiro do canhão posicionado defronte à cadeia velha, foi decapitado à  m a c h a d i n h a.”
arte:Darcy

 

Vianna Manoel Paranaguá na História e na Tradição.

Filho Ribeiro Anibal História do Clube Literário (Paranaguá).

Hercule Spoladore História da Maçonaria Paranaense no século XIX

Rocha Pombo Para a História

Wikipédia

http://ma.zanon.zip.net/arch2008-05-11_2008-05-17.html

Biblioteca Nacional

 

 

 

 
 

 

 

 

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