Padre Simão de Vasconcelos (1597-1671) foi um clérigo jesuíta e importante Historiador do Brasil no Século XVII. Nasceu em Portugal em 1597, ainda criança no ano de 1606 veio para o Brasil com sua família. Foi aluno dos jesuítas no Colégio da Bahia, com a idade de dezenove anos, ingressou na Companhia de Jesus. Foi reitor dos colégios da Bahia e do Rio de Janeiro e um notável educador e cronista.
Primeiro biógrafo do Padre São José Anchieta e historiador da ação da Companhia de Jesus no Brasil. Escreveu importantes obras históricas sobre a América Portuguesa, como:
Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brazil e do que obraram seus filhos nesta parte do novo mundo, (1663)
Vida do Venerável Padre José de Anchieta (1672)
Notícias Necessárias e Curiosas da Cousas do Brasil (1668)
A obra de Simão de Vasconcelos tem uma significação especial na historiografia brasileira , pode aparecer algumas das principais características do escrito histórico brasileiro : a “biografização” da historia.
Em suas obras “Crônica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil” e “Notícias Necessárias” Vasconcelos relata com detalhes a cultura, mitologia e línguas indígenas e o início da catequese Jesuitica em terras brasileiras para o público europeu.
Foi Simão de Vasconcelos que levou a Roma em 1624 o pedido de beatificação do biografado Padre José de Anchieta, conhecido como “Apóstolo do Brasil”
Em 1641 quando da Restauração da Independência de Portugal da Espanha, na embaixada a Lisboa que veio saudar D. João IV em nome do Brasil, o Pe. Simão acompanha o Pe. António Vieira e o fidalgo Mascarenhas (filho do vice-rei) que a liderava enquanto representante daquele Estado.
Procurador dos jesuitas brasileiros na Corte (1642), o Pe. Simão obtem uma licença real em benefício dos interesses da Companhia de Jesus em ordem a aliviar os seus débitos na província sul-americana.
Na viagem de regresso ao Brasil, o Pe. Simão passa a confessar o novo governador, António Teles da Silva. A pedido deste, permanece na Baía e, de futuro, vé-se catapultado para cargos e tarefas relevantes. Ha-de ser vice-reitor do Colégio baiano (1643-1645) em 1646, reitor do Colégio do Rio de Janeiro. Posteriormente ha-de retomar, nos colégios, a vice–reitoria de Salvador (1654) e a reitoria do Rio. Durante os anos quarenta do século XVII, revela-se bom administrador e solidário com os colégios empobrecidos pela invasão holandesa.
Incentivou as missões em Jacobina e no Rio das Contas, no sertão da Baía
Provincial entre 1655 e 1658, deixa cunho imperecível na difusão da arquitetura jesuítica de feição maneirista ao implementar, com entusiasmo e perseverança, a construção da actual Sé Catedral do Salvador, enquanto igreja do Colégio da Baía.”
Ref Terra de Santa Cruz