Arthur Lillington Balster nasceu em 20 de agosto de 1856 em Merylebone, Middlesex, Londres Reino Unido, não conseguimos descobrir o ano que emigrou para o Brasil, comerciante muito importante em Paranaguá, Antonina e Curitiba, foi proprietário da “Casa Inglesa” em Curitiba e foi um importante importador em Paranaguá, sabemos que Arthur se casou com Maria Luiza Balster (nascida Machado). Temos somente as informações dela.
Nascimento Arthur na Inglaterra
Maria nasceu em 31 de dezembro de 1855, em Paranaguá, Paraná, Brasil.
Maria Luiza era Pianista.
Além de comerciante Arthur era Vice Consul da Suécia e da Noruega em Paranaguá, conforme o “Almanake do Paraná”.
Encontramos no Boletim do Grande Oriente do Brasil de 1884 em sua página 101 edição num 4, informação sobre ele ser membro da Loja Perseverança e inclusive do Capitulo da mesma oficina.
Em 1887 ele assumiria como vice-presidente do Clube Literário ombreado por Presciliano Correa.
Arthur era Republicano ativo em sua época.
Em 1894 tivemos os adventos da “Invasão de Paranaguá” e a ocupação do Paraná, cerco da Lapa e outros eventos o qual ele esteve diretamente ligado.
Foi designado para a “Comissão de Empréstimos de Guerra” em substituição ao Sr Tobias Pinto Rebello.
No texto abaixo podemos ver que ele foi nomeado para tentar convencer os sitiados na Lapa a se entregarem.
Em 1895 tornou-se viúvo.
Theatro Municipal de Antonina
Este teatro foi construído por uma sociedade particular, ficando mais tarde em completo abandono.
Em 1898, mais ou menos, o Sr. Arthur Balster, auxiliado por um grupo de amadores tratou da restauração do teatro, que passou a denominar-se Talma, contraindo a sociedade um empréstimo para custeio das obras da reconstrução da velha casa de espetáculo. Entretanto, o teatro pouco depois exigia novos importantes concertos. Ocupava, então, a prefeitura de Antonina, o dramaturgo antoninense Coronel Theophilo Soares Gomes, que resolveu adquirir para o município o prédio e levar a efeito a sua reconstrução. Conseguiu que os prestamistas e sócios da Sociedade Teatral Talma cedessem ao município os seus direitos e levou a efeito a restauração do prédio. Entretanto, talvez devido a circunstância de permanecer o teatro quase sempre fechado, dez anos depois já exigia novos concertos. Coube ao Dr. Heitor Soares Gomes, iniciar a restauração do teatro, tendo feito modificações na caixa para permitir o emprego de cenários modernos, tendo o seu sucessor prefeito João Ribeiro da Fonseca concluído a obra e dotado o teatro de mobiliário de imbuia, de forma a ser hoje um dos melhores teatros do Estado. Ali funcionava diariamente uma empresa cinematográfica.
Arthur L. Balster que durante anos se dedicou a exploração das minas de Ferro em Antonina, publicou no jornal local O Progresso o seguinte interessante carta sobre o assumpto:
“Snr. Redator Conhecendo o grande interesse que V. S. tem mostrado pela prosperidade de Antonina, tomo a liberdade de pedir a V. S. a publicação.”
O Progresso desta pequena exposição sobre as minas de Ferro existentes neste rico e futuroso município. Os depósitos de mineral, quer de ferro magnético, quer de ferro hymatite ou manganês existem em vários lugares, sendo os mais distantes como cinco Quilômetros e os mais próximos como quatrocentos metros dos portos onde devem ser embarcados em lanchas. Do porto do Itapema, aonde podem chegar todas as embarcações que transpuserem a barra de
Paranaguá, distam as minas de ferro 15 Quilômetros e as de manganês oito. O ferro magnético tem sido analisado em Londres, Pariz, Philadelphia, Berlim, Buenos Aires e Rio de Janeiro, e sempre com o resultado uniforme de 90 a 9407 por centro de ferro e oxido de ferro, provando assim ser um mineral riquíssimo. O ferro hyma é de menos porcentagem: entretanto também é muito bom. As análises do manganês têm dado igualmente excelentes resultados, tendo sido a porcentagem de 50 %.
Brevemente espero poder oferecer a V. S. dados mais completos a respeito. Em uma jazida muitíssima importante extraída a camada exterior, achou-se um manganífero Iron ou ferro manganês amalgamado; mineral muito procurado na Europa na Europa, cuja caldeação dispensa o manganês, por conter já em si o suficiente. O nosso manganês de outras jazidas é diferente em tudo de Minas Geraes. É mole é oboso,
sendo denominado peroxido ou oxido preto de manganês, que serve não só para misturar com o ferro, como para preparar a calorine, o oxigênio, sendo também desse peroxido notar que esta espécie de manganês e o melhor que existe e bem pouco encontrado no mundo inteiro.
A questão é que as minas sejam exploradas mais profundamente, que o resultado não será
duvidoso.
Segundo as opiniões dos engenheiros mineralógicos Dr. J. W. Wedvet (inglez) Dr. Paiblo Ribeiro (Brasileiro) Dr. E Lambert (Belga) e de outras pessoas competentes que as tem visitado, são iguais, e em lugares, melhores do que todas as jazidas até hoje descobertas, e além disso, facílimas de trabalhar pela sua posição e colocação, estando o mineiro em algumas partes acima do solo e em blocos de milhares de Toneladas. Estas jazidas de ferro são de qualidades muito superior as de Bilbao, na Espanha, as quais
estão quase exaustas, conforme tem dito o “Times” de Londres. A maior preocupação dos homens empreendedores é a “onde virá o ferro” para as enormes empresas projetadas. “La Revue Generale”, de Pariz pergunta: Quereis atravessar o Sudan com linhas férreas, quereis unir a África do Norte a do Sul, a China as suas extremidades; quereis duplicar as vossas esquadras e canhões:
Pois é tempo de averiguarmos:
Donde virá o ferro?”
Entretanto, até agora, as enormes jazidas de nossa Antonina, dormem quais fortes e Colossais gigantes, o sono da indiferença, porquanto tem sido infrutíferos os esforços que temos empregado para a sua exploração positiva.
Estejais certo, Ilmo. Snr. Que o futuro deste Torrão será grandioso desde que sejam aproveitadas as suas minas. Então o povo, hoje em grande parte indiferente despertará e fará justiça aos poucos que tanto
tem lutado para esse fim; e vendo já dotado este lugar com as grandes empresas a quem tem
direito, não mais nos taxará de Sonhadores.
Antonina, 14 de setembro de 1902. Arthur L.
Balster.
Foi Membro também da Loja “Estrela de Antonina”
Em Setembro de 1899 , verificamos que ele era Ven∴ desta oficina.
Faleceu em 20 de Maio de 1918 em Curitiba.
Registro encontrado no Site My Heritage indicou as datas e, este documento de óbito encontrado no Family Search deve referir-se a uma segunda esposa, já que a primeira Maria Luiza faleceu em 1895.
Hamilton Ferreira Sampaio Junior .’.
POMBO, Rocha. PARA A HISTORIA. In: PARA A HISTORIA. 1. ed. Curitiba: IMPRESSORA TYPOGRAFIA PARANAENSE, 1894. v. 1, cap. 1, p. 2.
SPOLADORE, Hércule. HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE NO SÉCULO XIX: HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE NO SÉCULO XIX. In: HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE NO SÉCULO XIX: HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE NO SÉCULO XIX. 1. ed. LONDRINA: Ruahgraf Gráfica e Editora Ltda, 2007. v. 1, cap. 1, p. 2. ISBN 8590725804, 978859072580.
REVISTA PANORAMA. nº 44, p. 50, 51, 25, jan.1956.
SAMPAIO, Hamilton. ENTRE O COMPASSO E O ESQUADRO: Gênese das Lojas Maçônicas no Paraná entre 1830 e 1930.. In: ENTRE O COMPASSO E O ESQUADRO: Gênese das Lojas Maçônicas no Paraná entre 1830 e 1930.. 1. ed. Curitiba: Novagrafica, 2019. v. 1, cap. 1, p. 2.
My Heritage
Family Search
Genealogia Paranaense
Biblioteca Nacional
O PARANAENSE. Curitiba, n. 16, p. 3, 14 abr. 1878. 36 NOGUEIRA, José Luiz de Almeida. A Academia de São Paulo: tradições e reminiscências. v. 8. São Paulo: Saraiva, 1977. p. 83. 37 Ibid. 59.