Nasceu na Itália segundo encontramos no site “Histórias e Lendas de Santos”. Marcello Anunzziata veio muito cedo da Italia primeiramente passou algum tempo em São Paulo e, veio para o Paraná, foi Vigário em Morretes, além disto foi Presidente do “Club de Leitura Portocimense” que havia sido criado em 21 de fevereiro de 1875 e, contava com 700 livros, após um curto período seguiu para Paranaguá.
No ano de 1877 anunciava aulas de Italiano no Correio Paulistano.
Chegou a Paranaguá em 1880. Possuidor de profunda cultura profana e religiosa foi arrebatado tribuno e consumado orador sacro, resoluto abolicionista.
Espirito eminentemente culto, conhecedor profundo de vários idiomas, dotado de vastos conhecimentos de filosofia. A sua palestra era sempre atrativa e cheia dos mais sublimes ensinamentos.
Escrevia com elegância o nosso vernáculo, tendo em certo período, alimentado forte polêmica pela imprensa com o ardoroso jornalista e livre pensador Albino Silva.
Foi Vigário da Matriz de N. Sra. do Rosário durante 14 anos, função que desempenhou com grande zelo por sua perfeita formação religiosa. Sacerdote de sólida convicção cristã, abraçou a causa abolicionista da qual foi incansável batalhador.
Em 1883 o Club Litterario se envolveria com outra atividade, desta vez de cunho político.
No periódico “Itiberê” de 27 de julho de 1883 foi publicado um convite assinado pelos membros, inclusive por Leocádio José Correia, aos interessados em participar da fundação da Associação Emancipadora Paranaguense. Teve sua primeira reunião no dia 13 de setembro de 1884 no Teatro Santa Celina, seu presidente era o Padre Marcelo Anunziatta, vigário da cidade e participante do Club Litterario, esta sociedade teve a participação de muitos sócios do Club Litterario. (Cf. FREITAS, 1999, p. 345-346).
Além das sociedades, houve a fundação do jornal Livre Paraná, republicano e abolicionista, fundado em 1883 e já citado anteriormente quando nos referimos à atuação do Professor José Cleto da Silva no movimento abolicionista e suas discordâncias com relação à Leocádio José Correia.
Não há registros de que Leocádio José Correia tenha participado de alguma das sociedades abolicionistas de Paranaguá, o que nos leva a crer que sua atuação no movimento de libertação dos escravos dos anos 1880 se deu exclusivamente no âmbito de levantamento de recursos para alforria empreendidas pelo Club Litterario através da Caixa Emancipadora Visconde do Rio Branco.
Foi Presidente da Sociedade Redentora Paranaense, fundada em Paranaguá em 1884, destinada a trabalhar pela emancipação dos escravos. Conferencista emérito, jornalista esclarecido e destemido polemista, nunca se furtou a combater ou a refutar o que considerava erro ou injustiça.
No ano de 1885 fazia parte do quadro de sócios do “Clube de Imigrantes” de Paranaguá.
No ano de 1886 quando da morte Leocádio José Correia, foi o vigário Marcelo Anunziatta que proferiu o discurso de encerramento da sessão em homenagem ao falecido na sede do Club Litterario.
Foi presidente do Club Litterario nos anos de 1888 e 1889.
Dedicou-se a reorganizar a biblioteca daquela associação, dotando-a de obras de grande valor literário. Organizou séries de conferências literárias nas quais tomaram parte oradores ilustres
Como: Leocádio Correia, Leoncio Correia de Freitas, Vicente Machado e Nestor Victor dos Santos.
Em 1889, manteve acirrada polêmica pelas páginas do jornal “A Ordem” (dirigido pelo Dr. João Batista da Costa Carvalho), em defesa da religião católica atacada por Albino José da Silva, jornalista republicano livre-pensador.
Foi Presidente do “Club Litterario”, cargo que desempenhou com tanta eficiência que lhe valeu a reeleição para novo mandato. Prestou tão assinalados e relevantes serviços ao clube que foi galardoado com o título de Sócio Benemérito.
Presidente do Club Litterario nos anos de 1888 e 1889.
Club Litterario de Paranaguá História Aníbal Ribeiro Filho pág. 303.
Em 1894, foi acusado veementemente por seu velho amigo João Guilherme, chefe político da cidade, de haver discursado saudando os revolucionários que haviam ocupado Paranaguá, fato considerado como traição ao situacionismo local. Negou, não era verdade. Fora envolvido nas malhas da intriga, pois nunca teve posição política a favor desta ou daquela facção. Profundamente desgotoso com a injustiça, rompeu com João Guilherme, deixou Paranaguá e retirou-se para a cidade de Santos, nunca mais aqui voltando.
No ano de 1900 já se encontrava como Vigário de Santos.
No ano de 1903 já encontramos referência sobre sua ausência da cidade.
Faleceu em Itatiba São Paulo em 14 de fevereiro de 1912.
Referências:
NICOLAS, Maria. A Alma das Ruas de Paranaguá: A Alma das Ruas de Paranaguá. 4. ed. Curitiba: Propria, 1964. 55 p. v. 4.
Instituto Moises Soares http://msinstituto.blogspot.com/
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VIANA, Manoel. Paranaguá na História e na Tradição: Paranaguá na História e na Tradição. 1. ed. [S. l.: s. n.], 1971.
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REVISTA PANORAMA. nº 44, p. 50, 51, 25, jan.1956.
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LEÃO, Ermelino Agostinho de. Dicionário Histórico e Geográfico do Paraná. v. 1.
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Arquivo Público do Paraná BR PRAPPR PB001 IIP787.57.
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