Mais conhecida como Anita Fontes.
Anna Ribeiro nasceu em 6 de Abril de 1910 , na Rua Pecego Junior, 40, em frente a atual loja Maçônica (Rua Faria Sobrinho), filha de Anibal e Albertina.
Era irmã de Aníbal Ribeiro Filho, Alberto Ribeiro, Candinho “Baitaca” Ribeiro, Joaquim e Fernando.
Foi batizada na Ilha do Mel, na inauguração da Capela de Nossa Senhora dos Prazeres, próxima a Fortaleza da Barra, no mês de Julho de 1910.
Acreditava que de seus genitores tinha herdado o “dom“ da música.
Fez seus estudos em Paranaguá e o complementar em Curitiba no Colégio N.S. de Lourdes no Cajuru, tendo estudado piano com o consagrado músico e compositor José Itiberê de Lima (Cazuza), sendo aluna destacada, merecendo por parte do mesmo músico e compositor a letra de uma das suas músicas com o nome de “Anita“.
Sua mãe, Albertina foi aluna da ilustre professora Ludovica Bório destacando-se como pianista.
Seu pai, Annibal Ribeiro, tocava flauta nas festividades religiosas, fazia parte do Centro Musical e da Banda de Música do Comércio, Estudantina e segundo consta, chegou a participar de saraus com Heitor Villa Lobos quando este residiu em Paranaguá.
Noivou em 1930 e recebeu de presente do Cazuza (José Itibere de Lima), a “valsa Anita” cuja execução deu-se na festa de noivado, pelo autor.
Ainda jovem, contraiu matrimônio com o conhecido médico humanitário Dr. Antônio Fontes no ano de 1931, casando-se na igreja do Rocio., mãe de dois filhos: Dr. Roberto Fontes e Sonia Fontes Lapolli, 06 netos: Ivan e Cláudia, filhos de Sonia e Ivan Lapolli; Maria do Rocio, Roberto, Eunice Maria e Claudine, filhos de Roberto Fontes e Adair.
Em seguida foi morar no Estado do Rio, onde seu marido tinha a Fazenda São Sebastião na cidade de Vargem Alegre, próxima a Região de Barra Mansa, Barra do Piraí e Volta Redonda.
Autora da Letra e Música da “Minha Velha Paranaguá “, revela de forma clara e precisa o amor e carinho que tinha pôr Paranaguá.
“Minha Velha Paranaguá“, foi classificada no Festival de Músicas do Litoral em 1971 e
que até hoje é cantada pelos corais de Paranaguá.
A paisagem de Paranaguá era fonte de inspiração, pois a cada verso, a cada estrofe deixava escapar o profundo amor pela cidade e pelo seu futuro, como se pode notar na musica “Minha Velha Paranaguá”.
“As margens Calmas deste rio encantador;
Neste recanto de tantas recordações
Quanta história, quanto vulto, quanta glória!
Pedaços d’alma num bouquet de emoções.”
Diversas composições foram reconhecidas fora de Paranaguá.
Como trovadora, teve suas trovas incluídas no livro Torneio de Trovadores, classificadas
em concurso realizado no Rio Grande do Sul, com a inclusão de algumas de suas poesias.
Compositora da música “Meus Filhos, Meus Amores” orquestrada e executada pela Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa e como seu maior sucesso a valsa “Recordando“ trilha sonora da novela “Senhora“ da Rede Globo em arranjo especial da Orquestra Romaneza.
Autora também , da valsa “Barra Mansa , Uma Saudade” que foi considerado segundo Hino daquela cidade, cuja Rodoviária tem o nome do seu sogro José Fontes.
Teve também , na novela “A Moreninha“ da Rede Globo , uma de suas composições para piano, tocada pela personagem Carolina ( a atriz Nívea Maria ).
Pertenceu às seguintes entidades culturais:
Centro de Letras Leôncio Correia, Sala do Poeta, Instituto Histórico e Geográfico da cidade de Palmeira, União dos Trovadores, Sociedade Amigos da Música de Paranaguá, tendo sido presidente da mesma entidade.
Participou como dirigentes da Legião Brasileira de Assistência, Associação de Amparo a Maternidade e a Infância e Rede Feminina de Combate ao Câncer.
Faleceu vítima de “Insuficiência Respiratória” em 24 de Agosto de 1988 em Paranaguá, e como era seu desejo foi velada na Igreja de São Benedito deixou como legado uma imagem de conduta exemplar, um verdadeiro exemplo de amor e dedicação a cidade e sua gente.
Hamilton F. Sampaio Junior
Referências:
O Itibere n 29 ano 75
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