Antônio Luís Afonso de Carvalho, nascido em Salvador em 5 de março de 1828, era filho de José Afonso de Carvalho e Rosa Maria de Jesus Carvalho. Seus primeiros estudos foram realizados na capital baiana, e posteriormente, mudou-se para Pernambuco, onde se inscreveu na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de Olinda, graduando-se em 1849.
Após dois anos de sua formatura, ingressou na magistratura como juiz municipal e de órfãos do termo de Feira de Santana, na Bahia.
Transferido para Salvador em 1854, voltou a Feira de Santana no ano seguinte como delegado. Durante a epidemia de cólera entre 1855 e 1856, dedicou-se ativamente, recebendo o título de cavaleiro da Ordem da Rosa em reconhecimento aos serviços prestados à comunidade.
Na década de 1860, envolveu-se na política, mantendo uma forte ligação com o Partido Conservador. Eleito deputado provincial, exerceu o mandato entre 1861 e 1862, conciliando sua atuação com a magistratura. Em 1862, retomou suas funções como juiz de direito na comarca de Monte Alto, na Bahia. Iniciou um novo mandato como deputado geral pela Bahia em maio de 1869, mas renunciou em novembro ao ser nomeado presidente da província do Paraná, permanecendo até abril de 1870. Posteriormente, foi presidente de Minas Gerais de outubro de 1870 a 1871.
De junho de 1872 a julho de 1875, atuou como juiz de direito em Inhambupe (BA).
Transferindo-se para Salvador, assumiu a 1ª Vara Cível e tornou-se auditor de guerra em setembro.
Em fevereiro de 1886, tornou-se desembargador do Tribunal da Relação e, em maio de 1889, assumiu a presidência da província da Bahia.
Com a instauração da República em março de 1891, ocupou o cargo de segundo vice-governador da Bahia durante a administração de José Gonçalves da Silva (1890-1891).
Em 22 de maio do mesmo ano, assumiu como ministro da Justiça, nomeado por Deodoro da Fonseca em substituição a Henrique Pereira de Lucena, o barão de Lucena.
Interinamente, também liderou a pasta da Instrução, Correios e Telégrafos a partir de julho, substituindo João Barbalho Uchoa Cavalcanti. Durante sua gestão, as faculdades de Direito no Rio de Janeiro e na Bahia foram reconhecidas pelo governo. Deixou ambos os ministérios em 23 de novembro de 1891, quando Deodoro renunciou, sendo sucedido por Floriano Peixoto, e José Higino Duarte Pereira o substituiu.
Retornando à Bahia em novembro de 1891, reassumiu suas funções como desembargador. Ao longo de sua carreira, também teve envolvimento no jornalismo, contribuindo para o Jornal da Bahia. Antônio Luís foi condecorado como cavaleiro da Ordem de Cristo e faleceu em Salvador em 25 de janeiro de 1892.
Hamilton Ferreira Sampaio Junior
Referências:
Texto elaborado a partir da pesquisa de Luciana Pinheiro
FONTES: ABRANCHES, J. Governos (p. 401); CASA CIVIL DO PARANÁ.
Disponível em: <http://www.casacivil.pr.gov.br/>. Acesso em: 10/2/2011; VELHO
SOBRINHO, J. Dicionário (v.1 ,p. 87).
CABRAL, Dilma et al. Ministério da Justiça 190 anos: justiça, direitos e cidadania no Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2012.
Wikipédia
