Nascido na Prússia em 1853, era filho de Carlo Gottieb Adam Adam e Eleonora Slave, casou com Sofia Stempka Adam em 2 de Setembro de 1884, chegou em Curitiba em 1881 onde exerceu o cargo de agrimensor auxiliar da Estrada de Ferro Paranaguá Curitiba e da linha Telegráfica Curitiba – Guarapuava, naturalizou-se brasileiro em 1889, foi membro filiado a \”União Republicana\” que havia surgida no Paraná em Maço de 1890, quando as forças políticas do Estado começaram a reorganizar-se. Foi composta principalmente por antigos liberais e alguns republicanos históricos que ficaram de fora do jogo político com a ascenção do grupo político de Vicente Machado, com isso alguns ex liberais e alguns republicanos históricos do litoral foram alijados da participação no campo do poder local e decidiram compor um partido de oposição, a União Republicana, que tinha como orgão na imprensa o Diário do Paraná.
Foi diretor também, da Liga Política \”Ordem e Progresso\”.
Nascido em 1853 na região da Prússia.
Foi um dos lideres e representantes da colônia alemã em Curitiba perante o governo estadual, juntamente com Jorge Meyer e Fridrich Bock, nos informa o periódico “A República” de 26 de Dezembro de 1889 em sua página 2.
Esteve envolvido em uma luta ferrenha para as Escolas Alemãs em Curitiba se tornarem Escolas Laicas, inclusive solicitando a suspensão das aulas de religião nas escolas alemãs em 1893 com o apoio do Jornal \”DER BEOBACHER\” e de seu relator e proprietário, Anton Schneider.
Foi um dos feitores da estrada da Graciosa juntamente com Augusto Couto conforme nos informa o Periódico dezenove de dezembro em sua edição 0071ª página 1 onde se lê que Augusto Couto e, Bertholdo Adam solicitam parecer sobre um requerimento aonde pleiteiam o pagamento do resto de vencimentos que deixaram de receber como feitores da estrada da Graciosa.
Em 1891 casou-se com Sofia Stempka
Era empreiteiro de obras na cidade de Curitiba, inclusive foi nomeado pelo governador para se encarregar dos trabalhos na rua Riachuelo em substituição a Oscar Von Melen em 1891
Participou da Comissão de Poderes do Congresso Constituinte em 1891.
Participou de uma homenagem oferecida pelos membros da colônia alemã em Curitiba, ao Dr Krauel Ministro da Alemanha em visita a Curitiba.
Coronel Comandante do Batalhão Teuto Brasileiro na Revolução Federalista, Batalhão este que foi formado por alemães e, lutou por todo o Paraná.
Nas Festividades da colônia alemã de 27 de Março de 1897 fez este discurso por ocasião dos festejos do dia 22 como relata o jornal \”A Republica\” de 27 de Março de 1897 página 2 em sua edição 00067
\”Meus Senhores
A colônia alemã, representada por todos os cidadões alemães. acha-se reunida para festejar a comemoração do aniversário secular do Imperador Alemão Guilherme I o, qual foi que uniu todos os estados alemães, divididos e até ali desunidos.
Festejando esta grande data da história alemã, não quer dizer que somos cidadãos brasileiros menos bons; não, senhores, ao contrário.
Desde que um povo separado de sua terra natal pelo oceano, desde que um povo, ausente da terra de seu berço, por muitos e muitos anos e, não se esqueceu de sua terra natal, que não se esqueceu das grandes datas da história daquela sua pátria natal, é um sinal irrefusável de bons cidadãos e, bons cidadãos jamais se podem esquecer da bela terra brasileira, onde temos achado uma segunda pátria, a nossa pátria adotiva.
Não falo somente em meu nome, falo aqui em nome da humilde colônia alemã e, declaro em voz alta que, nós alemães, residentes aqui, temos abraçado essa bela terra brasileira, amamos nossa pátria adotiva e, consideramo-nos cidadãos brasileiros e, queremos trabalhar para o progresso desta nossa pátria adotiva, pedindo a Deus, o onipotente, que nos dê uma paz eterna e progresso constante.
Neste sentido peço aos senhores para levantar um brinde a essa bela terra brasileira, à nossa pátria adotiva.
Viva a Republica dos Estados Unidos do Brasil- Viva- Viva- Viva. \”
Pertenceu a Loja Apóstolo da Caridade e Acácia Paranaense.
Faleceu em Curitiba com 83 anos em 25 de Dezembro de 1932.
Hamilton Ferreira Sampaio Junior∴
Referências
A estrada do Poente _ Escola alemã Colégio Progresso Curitiba.
https://www.tjpr.jus.br/desembargadores-tjpr-museu/-/asset_publisher/V8xr/content/des-augusto-lobo-de-moura/397262?inheritRedirect=false
POMBO, Rocha. PARA A HISTORIA. In: PARA A HISTORIA. 1. ed. Curitiba: IMPRESSORA TYPOGRAFIA PARANAENSE, 1894. v. 1, cap. 1, p. 2.
SPOLADORE, Hércule. HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE NO SÉCULO XIX: HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE NO SÉCULO XIX. In: HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE NO SÉCULO XIX: HISTÓRIA DA MAÇONARIA PARANAENSE NO SÉCULO XIX. 1. ed. LONDRINA: Ruahgraf Gráfica e Editora Ltda, 2007. v. 1, cap. 1, p. 2. ISBN 8590725804, 978859072580.
REVISTA PANORAMA. nº 44, p. 50, 51, 25, jan.1956.
Museu Maçônico Paranaense – imagens
SAMPAIO, Hamilton. ENTRE O COMPASSO E O ESQUADRO: Gênese das Lojas Maçônicas no Paraná entre 1830 e 1930.. In: ENTRE O COMPASSO E O ESQUADRO: Gênese das Lojas Maçônicas no Paraná entre 1830 e 1930.. 1. ed. Curitiba: Novagrafica, 2019. v. 1, cap. 1, p. 2.
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Genealogia Paranaense
Biblioteca Nacional
O PARANAENSE. Curitiba, n. 16, p. 3, 14 abr. 1878. 36 NOGUEIRA, José Luiz de Almeida. A Academia de São Paulo: tradições e reminiscências. v. 8. São Paulo: Saraiva, 1977. p. 83. 37 Ibid. 59.
Vida e Obra do Irmão Manoel Ribas – Hercule Spoladore