Major Carlos Eugênio de Souza Nasceu a 27 de setembro de 1866, em Antonina.
Filho de Eugênio José de Souza e Dona Clarinda Maria de Jesus, residiu em Guaratuba exercendo o cargo de Professor naquela cidade. Transferiu-se em idos de 1889 para Paranaguá a aonde contraiu às primeiras núpcias em 30 de julho de 1892 com Dona Maria Lupia da Silva Souza, deste consorcio os seguintes filhos:
D. Nathalia de Souza Lobo, falecida, e Carmem de Souza Gomes, casada com o Capitão Manoel Henrique Gomes, residente no Rio de Janeiro.
Ficou viúvo em janeiro de 1892, sendo que sua esposa faleceu de complicações de parto na cidade de Paranaguá.
Falecendo a sua primeira esposa, consorciou-se o Major Carlos Eugénio de Souza com a sua cunhada Dona Luiza Maria de Silva Souza.
Cujo enlace deixa os seguintes filhos: nosso amigo Eugénio José de Souza, casado com D. Laura Régis de Souza, Maria Lupia de Souza Pereira da Costa, consorte do Sr. Antonio Moraes Pereira da Costa, escriturário da alfandega local, Curina de Souza Lima, esposa do Sr. Athur Corrêa Lima, guarda-livros da firma Guiimarães & Cia, desta praça, Carlos Eugénio de Souza Filho, atualmente no Rio de Janeiro, Luiz, Laura e Ernestina da Silva Souza, solteira.
Ainda em 1892 participou da criação da Empresa de Transportes de Paranaguá.
No ano de 1893 foi nomeado para a Guarda Nacional no posto de Tenente.
No mesmo ano de 1893 esteve a frente como “encarregado de estatística” da coletoria de Paranaguá, cargo que ocupou até 1895.
Membro do Partido Republicano de Paranaguá.
No ano de 1894 durante a ocupação Federalista foi nomeado pelo então Governador Provisório Teophilo Soares Gomes para ser “Encarregado de Estatística”.
No ano de 1895 esteve com a firma Souza e Silva & Cia, de atacado de armarinhos.
Neste mesmo ano estava em uma comissão a fim de arrecadar fundos para restaurar a Igreja Matriz de Paranaguá.
Em 1899 era Tesoureiro da Sociedade Protetora das Famílias, no mesmo ano criou a útil Associação de Caridade com a formação do Albergue Noturno. Através do ato n ° 1 de 30 de dezembro de 1899.
Em 1899 era M∴ C ∴ da Loja Perseverança de Paranaguá, provavelmente iniciado ne mesma Oficina.
No mesmo ano de 1899 foi nomeado comissário de Polícia.
Ainda em 1899 foi eleito Presidente do Clube Republicano o qual seria por 8 vezes presidente.
Em 1905 ficou como 2º suplente de Juiz de Direito da Comarca de Paranaguá.
No ano de 1906 era vice presidente do “Grêmio Dramático Arthur Azevedo” de Paranaguá.
No ano de 1908 era tesoureiro da Câmara Municipal de Paranaguá.
Esteve em uma comissão encarregada de angariar fundos para a construção de um Teatro em Paranaguá.
Foi nomeado Secretário privativo da câmara Municipal, na gestão do Cel. João Guilherme Guimarães, cargo que exerceu até 25 de setembro de 1910.
Membro do Partido Republicano de Paranaguá, foi diretor do Clube Republicano por Oito Gestões (Períodos).
Foi professor público estadual, escrivão da coletoria e conferente, assim como Presidente do Club Republicano, Provedor interino da Santa Casa de Misericórdia, à qual prestou relevantes serviços, Presidente da assistência aos Necessitados e seu tesoureiro durante muitos anos, salientando-se pelo impulso que deu a tudo que esteve envolvido.
Estávamos nos primeiros dias de julho de 1910. A residência do Sr. Carlos Eugênio de Souza, na antiga rua Conselheiro Barradas (hoje Mal. Alberto de Abreu) era um dos pontos de reunião mais frequentados pelo belo sexo.
Daí, a ideia que tiveram essas cabecinhas jovens, de criar um novo Grêmio. Seria o ideal. Assim, numa noite (estávamos a 9 de julho), durante um dos serões costumeiros, depois de muito discutir sobre o assunto, resolveram elas tornar em realidade esse “sonho”. Surgiria enfim um novo Grêmio.
Marcaram então para o dia seguinte, uma reunião na mesma casa, a fim de tratar dos primeiros passos da futura agremiação, cujo nome já haviam escolhido.
No dia 10, à tardinha, reunidas em número de 27, fizeram sua primeira reunião, assentando as bases da nova Sociedade. O nome escolhido e aceito por unanimidade seria: GRÊMIO RECREATIVO “IRIS”. Seu baile inaugural realizar-se-ia em a noite de 17 de julho. Faltava apenas sua Diretoria.
Foi nomeado tesoureiro municipal, sendo Prefeito o Cel. Theodorico Julio dos Santos, e, finalmente promovido a Diretor tesoureiro do município, pela organização do quadro dos funcionários municipais, a 15 de novembro de 1912.
Tinha patente de Major da Guarda Nacional e nessa qualidade exerceu durante longo tempo o cargo de secretário da Junta de Alistamento Militar de Paranaguá.
No ano de 1913 foi eleito vice presidente do Club Litterario de Paranaguá.
Fez parte da comissão de recepção das Lojas Maçônicas que participaram do 2º Congresso de Lojas Maçônicas do Paraná ocorrido em 1913 organizado pela Loja Perseverança de Paranaguá, esteve na recepção do Dr Lauro Sodré.
Faleceu em Paranaguá em 30 de novembro de 1922 com 56 anos de dedicação total ao próximo, assim se reportou o Periódico “O Comércio” sobre o falecimento de nosso personagem.
“Dolorosamente repercutiu hoje, muito cedo ainda, pela cidade a triste notícia, infelizmente confirmada, do falecimento prematuro do ilustre cidadão, estimado cavalheiro e exemplar chefe de família Major Carlos Eugênio de Souza, diretor tesoureiro da Prefeitura Municipal desta cidade. Tinha o Major Carlos Eugênio de Souza lugar de destaque no seio da nossa melhor sociedade, sendo vasto o círculo de amizades sinceras que possuia e conquistara graças as suas belas qualidades e a grande bondade do seu coração, caridoso e sempre aberto à pratica do bem.
Foi filho de pais pobres, o distinto morto, com os seus próprios esforços conseguiu o preparo intelectual e posição de destaque, merecendo sempre da sociedade paranaguense o acatamento que lhe era devido, tendo nela desempenhado papel saliente em diversas épocas e exercido inúmeras funções públicas.
Em sinal de pesar muitas das sociedades desta cidade hastearam em funeral as suas
bandeiras.
Ao nosso jornal, como seu Diretor, prestou o Major Carlos Eugénio de Souza, relevantes serviços.
À família enlutada e à sociedade paranaguense o “Diário do commercio” apresenta suas condolências”.
Hamilton Ferreira Sampaio Junior∴
Referências:
NICOLAS, Maria. A Alma das Ruas de Paranaguá: A Alma das Ruas de Paranaguá. 4. ed. Curitiba: Própria, 1964. 55 p. v. 4.
Instituto Moisés Soares http://msinstituto.blogspot.com/
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VIANA, Manoel. Paranaguá na História e na Tradição: Paranaguá na História e na Tradição. 1. ed. [S. l.: s. n.], 1971.
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