Carmela Cysneiros

hamilton |01 dezembro, 2023

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Carmela Cysneiros imagem restaurada por Cores do Passado.

Carmela Cysneiros, nasceu em seis de maio de 1851, filha de José Augusto Cysneiros e de sua mulher Leocádia Pereira Cysneiros, Leocádia era filha do Capitão-mor Manoel Antonio Pereira e, de sua mulher Leocadia Antonia da Costa.

Brasil, Rio de Janeiro, Registros da Igreja Católica, 1616-1980″, , FamilySearch (https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6X8J-5PVB : Fri Oct 06 03:45:01 UTC 2023), Entry for Carmela Cyoneiro and José Augusto Cyoneiro, 17 de maio de 1851.

Carmela tendo perdido o pai ainda quando criança, a mãe, Leocádia, veio a contrair núpcias, pela segunda vez com José Pedro de Moura Lima, no ano de  1854.

José Augusto Cysneiros seu pai era armador e proprietário do navio “Carmella” era natural de Portugal e descendente de importante família castelhana.

Eram dois irmãos os Cysneiros que vieram para o Brasil, um ficou no Norte e o outro veio para o Sul onde constituiu família com uma filha do Capitão-Mór de Paranaguá.

O historiador patrício Ermelino de Leão assim se refere a nobreza dos Cysneiros de Portugal: Cysneiros- Nobre família portuguesa, descendente de uma família castelhana, que passou para Portugal em 1271.

O primeiro que se estabeleceu em Portugal foi Dom Rodrigo Gonzalez, senhor de Cysneiros, fidalgo de Sevilha.

As suas armas são: escudo partido em pala: a primeira, cortada em faixa; na superior, em campo vermelho, três cisnes de prata com coleira de ouro e armado dos mesmos em roquete, na inferior, cinco flores de liz de prata em santor; na segunda pala, em campo de prata, três bastões sanguíneos em pala; como timbre um dos cisnes.

Estudou as letras em Paranaguá aonde desde menina tinha um afeto especial por seu primo Leocádio José Correia, quando este retornou a Paranaguá formado médico já em idos de 1873, começaram a namorar sério, ja vislumbrando o casamento.

Leocádia Pereira Lima, mãe de Carmela e irmã de Gertrudes Pereira Correia, depois de muito conversar e discutir, procurando atender a inúmeras conveniências, resolveu enfim que a data seria a de 29 de agosto.

Casamento da filha, com o filho da irmã.

Os maridos, dado que seria assunto mesmo para mulher, contanto evidentemente que possuíssem o veredito da concordância, deixaram que tudo corresse por conta delas.

Haveriam de ter bom senso, por certo.

José Pedro de Moura Lima e Manoel José Correia, este depois de alguns meses mostrando excelente recuperação sob o rigoroso tratamento que lhe fez o filho, eram vistos comumente a voltear a Praça da Matriz, talvez complementando detalhes dos delineamentos a eles passados pelas esposas matreiras.

Aliás, um casamento como aquele não era todo dia que Paranaguá tinha oportunidade de ver!
E o rebuliço começou.

Próximo o casamento.
— Mas, mamãe, ainda faltam dois meses… — respondeu
Leocádio quando era convocado para opinar ou escolher algum presente que dependesse de seu gosto.
Havia também a falta de tempo.

Leocádio sempre correndo atrás de seus inúmeros que fazeres. Além da clínica no consultório, bastante movimentado, ninguém podia compreender aquele costume que possuía o médico de, no fim da tarde, passear por entre as casas da zona do porto, entrando numa e noutra, sempre prestativo no atendimento das necessidades daquela gente.

E como eram necessitados…
E o Club Litterario também, para cuja diretoria Dr Leocádio seria eleito justo em agosto de 1874 ano de seu casamento.

Sem contar ainda o periódico o Conservador, órgão da imprensa local á, que tinha no jovem médico o mais intenso e entusiasmado colaborador, estava iniciando com algumas traduções do francês, publicadas em folhetins.

Era a vida de Leocádio cuja intensidade iria aumentando pelos anos afora, jamais sofrendo uma interrupção sequer.

Carmella Cysneiros casou-se com Leocádio José Correia, em 29 de agosto de 1874.

Leocádio e Carmela tiveram três filhos: o primeiro, Leocádio Cysnero Correia, nascido a primeiro de dezembro de 1875 e, falecido em 14 de novembro de 1963.

Teve também Lucídio Cysneiros Correia nascido em 11 de agosto de 1877 e falecido em 14 de setembro de 1948.

E Clara Cysneiros Correia nascida em 3 de fevereiro de 1880 e falecida em 24 de novembro de 1951.

Enquanto esteve em Curitiba o qual seguiu a pedido do marido que criou uma grande amizade com o Dr. Muricy,  vivendo com parentes esteve envolvida no Grêmio das Violetas como secretária, até a doença do seu marido a levar de volta para a terra de Fernando Amaro.

Ficou viúva em 1886.

Dona Carmela viveu para sua família, um exemplo de mulher, mãe e companheira.

Faleceu em 29 de janeiro de 1927, em Curitiba e, foi sepultada em Paranaguá juntamente com seu marido.

Hamilton Ferreira Sampaio Junior∴

Referências:

Family Search

My Heritage

Biblioteca Nacional

Wikipédia

 

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