Imagem Instituto Moises Soares, sem data.
Eurípedes Rodrigues Branco, filho de João Rodrigues Branco e de Luiza Josephina da Silva Branco.
Nasceu em Curitiba em 15 de março de 1876. Ainda na infância, mudou-se com a família para Paranaguá, onde cursou o ensino primário sob a orientação dos professores José Cleto da Silva e Décio Lobo.
Contraiu casamento com Hermilia Pereira da Costa, em 15 de março de 1894 na cidade de Paranaguá.
Brasil, Paraná, Registro Civil, 1852-2017″, FamilySearch (https://www.familysearch.org/ark:/61903/1:1:6F6H-NJQ1 : Sat Mar 09 05:24:39 UTC 2024), Entry for Euripedes Rodrigues Branco and João Rodrigues Branco, 15 Mar 1894.
Tiveram os seguintes filhos:
Desde cedo demonstrou vocação para o comércio, iniciando sua trajetória profissional como auxiliar de escritório em uma renomada empresa do setor. Posteriormente, assumiu o cargo de agente na Companhia de Navegação Costeira, função que exerceu até sua aposentadoria.
No ano de 1910 participou da instalação da Camara de Paranaguá no Palácio Visconde de Nacar.
O teatro e sua amizade com Leoncio Correia, podemos afirmar, também, que Euripedes Rodrigues Branco reuniu as qualidades de diretor, de ator, de incentivador, estimulando os jovens na espinhosa arte de bem representar.
Vindo do palco dos “Voltijadores da Época”, onde aos 12 anos de
idade fêz sua primeira aparição em cena, Eurípedes Rodrigues Branco foi um batalhador incansável do teatro como meio educativo da vida social do Club Litterario.
Em 1915, juntamente com Mário Goulart, quis ele ainda reviver as
glórias passadas do velho “Club Litterario”, conseguindo apoio do Presidente João Guilherme Guimarães, na penúltima gestão desse grande benemérito da sociedade, para construir no salão de bailes, um espaçoso palco para representações teatrais.
E depois de 22 anos, abriam-se novamente as cortinas do procê
nio, e o palco aparecia resplendente em luzes, enquanto diante dele, em respeitoso silêncio, associados e famílias emocionados, iam reviver as grandes noitadas de arte.
No dia 8 de dezembro de 1915, a pedido de numerosos sócios foi levado à cena o “aparatoso drama de costumes militares,*em três atos, cuja ação se passa na França “Os dois sargentos”.
Ao longo de sua vida pública, foi eleito vereador em diversas legislaturas, chegando a presidir a Câmara Municipal de Paranaguá. Além disso, esteve à frente do Club Litterário nos biênios 1918-1919 e 1929-1930.
Foi Vice Presidente da ACIAP entre 1923 e 1925.
No exercício de suas funções como agente, destacou-se pela retidão e humanidade, conquistando o respeito e a admiração de seus subordinados, que o enxergavam não apenas como um superior, mas também como uma figura paterna.
Desde a juventude, revelou talento para a poesia.
Após a aposentadoria, dedicou-se integralmente à escrita, produzindo inúmeros poemas de grande qualidade.
Seus versos foram amplamente divulgados em periódicos como O Mano, Diário do Comércio e Marinha (revista), todos de Paranaguá, além de Prata de Casa, Diário da Tarde, Correio do Paraná, O Estado do Paraná e Jornal dos Poetas, de Curitiba, evidenciando seu notável talento poético.
É de se memorar, ainda, Eurípedes Branco, poeta delicado do amor e da família, paisagista das montanhas no mar de Paranaguá, à quem “Marinha” deve centenas de suas páginas mais coloridas e repassadas de saudade.
Verso publicado na Revista Trimestral do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá de 1953.
Revista Trimestral do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá, ano 1953.
Bodas de Ouro comemoradas no Club Litterario
O consócio Eurípedes Rodrigues Branco ingressou no quadro social
do clube na década de 90 no século passado, e foi eleito para cargos de diretoria em 15 gestões administrativas:
Secretário em 1897;
1º Secretário em1903;
membro da Comissão de Sindicância em 1905 e 1906;
Vice Presidente em 1907, 1910, 1911, 1912, 1916;
Presidente em 1918 e 1929;
Membro da Comissão de Contas em 1925, 1926, 1931;
Vice Presidente em 1932.
Na noite de 15 de março de 1944, os salões da sede social encontra vam-se iluminados para a festa dé homenagem ao ilustre casal.
Uma comissão integrada pela Diretoria do clube e pelos senhores Cel. Agostinho Pereira Alves, Dr. Joaquim Penido Monteiro, Bernardino Pereira Neto, Anibal Ribeiro, Professor Randolfo Arzua e pelas senhoras D. Anita Ribeiro Fontes, D. Eloina Rocha Pereira da Costa, D. Albina Tramujas Martineli e mais as senhoritas Diva Vidal, Lourdes Vila e Alba Braga, encarregou-se da organização do Festival Artístico Literário, no qual tomaram parte filhos e netos dos homenageados.
Eurípedes também integrou a Loja Maçônica Perseverança, onde alcançou o grau 33.
Publicou o livro de poesias Sombras ao Crepúsculo.
Faleceu em Paranaguá em 16 de julho de 1956.
Referências:
Imagem Capa Instituto Moises Soares
Family Search
Assembleia Estadual do Paraná
100 anos do Club Litterario.
Hemeroteca Digital
