Nascido em Guarapuava, em 23 de julho de 1875, filho de Antonio Borges e Maria Gertrudes Menza Borges, foi casado com Otavia de Miranda Borges.
Após os estudos primários realizados em sua cidade natal, desejou, com dezessete anos de idade, matricular-se no Liceu de Artes e Ofícios, no Rio de Janeiro.
Não conseguiu a matrícula e, frustrado, retornou ao Sul para iniciar-se no comércio da cidade de Paranaguá.
Nesta época explodira a revolução federalista e ele, de certa forma comprometido, entrou no palco da guerra.
Foi participante do “Levante” de 11 de janeiro que tinha como objetivo a distração das tropas legalistas estacionadas em Paranaguá para que pudesse haver o desembarque das tropas dos Maragatos.
Foi preso em Paranaguá no dia 11 de janeiro de 1894 pelas forças legalistas.
Maçom pertencia à Loja loja Perseverança de Paranaguá.
Após a anistia e apagadas as mágoas partidárias, iniciou-se no jornalismo curitibano, sem contudo deixar as lides mercantis. Leitor voraz de todos os gêneros literários, poesia, romance e crítica, fossem nacionais ou estrangeiros, adquiriu sólida cultura humanística.
Elegeu, na poesia, Emílio de Menezes para mentor, admirador que era de seus versos alexandrinos, o que o levaria a escrever um livro de poemas, Estrelas Cadentes, nunca dado à publicidade, mas cujos versos encontram-se nas páginas de O Sapo e da revista Azul.
Retornou ao Rio de Janeiro quando foi nomeado despachante da Alfândega.
Ficou nessa cidade pouco tempo, já que laços afetivos o atraíam ao Paraná, especialmente a cidade de Antonina, na qual, aos 25 anos de idade, casou-se em 1900 com Otavia de Miranda, aquela que ele evocava em versos como a dama dos seus castelos de ouro, teve com ela os seguintes filhos (que conseguimos) Nair Borges de Macedo, Maria de Jesus, Ivo, Genésio, Ruth e Osmário Borges de Macedo.
Em Curitiba, exerceu também as funções de camarista e o mandato de deputado estadual.
Jornalista, poeta, cronista, são encontráveis seus trabalhos em jornais e revistas paranaenses.
Tentou o teatro e participou, com outros parceiros, da autoria da revista Colcha de Retalhos, com música de Luís Bastos, encenada pela primeira vez no Teatro Guaíra, em 22 de julho de 1906.
Publicou Semana Santa (propaganda da Liga Anticlerical Paranaense, 1902); Flâmulas, versos; Discursos e Conferências; e Terra das Maravilhas, impressões e estudos do oeste paranaense.
Participou em 1917 da reorganização da Guarda Nacional, Generoso tinha a patente de Capitão.
Sócio-fundador do Centro de Letras do Paraná, membro da antiga Academia de Letras do Paraná, diplomou-se, já maduro, em Direito, pela Universidade do Paraná, em cuja turma desfrutou da amizade de companheiros como Joseph Plácido e Silva e Samuel César.
Foi escolhido orador da turma de direito, formou-se em 1917 Bacharel.
Ainda em 1919 participou da Associação Comercial do Paraná em Curitiba, concorreu pelo partido Republicano para cadeira na Assembleia Estadual em 1920.
No ano de 1922 participou da Comissão sobre os limites entre Paraná e São Paulo.
Em 1923 participava do conselho deliberativo da Sociedade Protetora dos Animais.
Em 1924 foi nomeado 2 suplente de Juiz Substituto do Munícipio de Marumby.
Curioso que, além de estudante, participara da fundação da Universidade do Paraná, pois foi um dos professores do Curso de Comércio.
No ano de 1936 era Vice-Presidente do Instituto Paulista de Contabilidade.
Fez parte de diversas comissões do Governo, cidadão pró ativo na sociedade paranaense, sempre trabalhador e sempre esforçado, aliando um caráter firme, as qualidades de excelente amigo, Generoso Borges, para a comodidade e futuro de sua familia, deixou o seu Paraná, que sempre honrou pelo trabalho e inteligência, e buscou a grande Paulicéa, onde a morte o alcançou na meritória escola que trouxe do berço “o trabalho”.
Faleceu, em 4 de março de 1945 em São Paulo aonde exercia o direito.
Hamilton Ferreira Sampaio Junior
Referências:
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