Henrique de Santa Rita

hamilton |24 março, 2021

Henrique Santa Rita (Reprodução)

Nascido em Paranaguá em 5 de setembro de 1876 filho do Coronel Antônio Francisco de Santa Rita e Maria Pereira dos Anjos de Santa Rita, provavelmente casou-se antes de 1900 com Sarah Guimarães e teve dois filhos Henrique Santa Rita e Rubens Santa Rita, não conseguimos evidências de quando se mudou para o Rio de Janeiro, mas podemos quase afirmar que foi antes de 1900, para ingressas na Escola Naval.

Aprovado pelo externato da Escola da Marinha

Sua Escalada na Marinha do Brasil foi a seguinte:

Foi promovido de Aspirante a Guarda Marinha em 29 de fevereiro de 1898.

Promovido a Guarda Marinha em 25 de novembro de 1898.

Promovido a 2.º Tenente em 2 dezembro de 1889.

Promovido a 1.º tenente 22 de dezembro de 1900.

Promovido a Capitão Tenente à 15 de agosto de 1907.

 
 
 

Promovido a Capitão de Corveta em 20 de dezembro de 1917.

Foi promovido ao posto de 1.º Tenente em 1900 e passou ao Encouraçado Aquidaban em 24 de janeiro de 1901, realizando várias manobras no litoral do Rio de Janeiro.

Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha – Reprodução Encouraçado Aquidaban.

Encouraçado construído nos Estaleiros Samuda & Brothers, Inglaterra, sob fiscalização do Chefe de Divisão José da Costa Azevedo, posteriormente Barão de Ladário. Em maio de 1883, foi iniciada sua construção e, apesar do empenho do futuro Barão de Ladário, somente em 17 de janeiro de 1885 foi lançado ao mar em Poplar, Inglaterra, sendo submetido à Mostra de Armamento em 14 de agosto de 1885.

Recebeu do Governo Imperial o nome de Aquidabã, em homenagem ao riacho afluente do Rio Paraguai, às margens do qual se travou a batalha de primeiro de março de 1870, que pôs fim à Guerra do Paraguai.

Suas características principais eram:

Media 85,40 m de comprimento; 15,86 m de boca; 5,60 m de calado à vante; 5,55 m de calado à ré; 5.029 t de deslocamento. Era armado com quatro canhões de retrocarga Armstrong de 234 mm, em duas torres dispostas diagonalmente; quatro canhões de 146 mm no convés superior, dois na proa e dois na popa; dois canhões de tiro rápido; e 15 metralhadoras Nordenfelt. Tinha cinco portinholas para lançamento de torpedos Whitehead, duas por banda e uma na popa. As máquinas, caldeiras, paióis de pólvora e bombas hidráulicas para mover as torres, eram protegidas pela couraça do costado de aço, com embolo de madeira, cuja espessura variava de 7 a 11 polegadas, e por um convés também encouraçado de 12 polegadas. As máquinas eram inteiramente independentes, compound, de ação direta e de três cilindros, de 6.200 HP; as caldeiras, em número de oito, estavam instaladas em quatro compartimentos. O navio tinha combustível para 23 dias, andando a dez nós e velocidade máxima de 15,5 nós. Às duas torres que giravam com as meias torres eram revestidas com uma couraça de aço de dez polegadas. Era aparelhado a Galera, com velas envergadas em três mastros e uma só chaminé. Seus planos foram traçados pelo notável Engenheiro Naval Sir Edward Reed, com as modificações de engenheiros brasileiros, Trajano de Carvalho e outros. As máquinas foram construídas pela firma Humphreys & Tenant.

 

Participou do movimento revolucionário de 23 de novembro de 1891, sob a chefia do Contra-Almirante Custódio José de Mello, fazendo um disparo para terra que atingiu o zimbório da Igreja da Candelária. O navio foi chefe no movimento revolucionário de 6 de setembro de 1893, sob a direção do Almirante Custódio José de Mello, sendo comandado pelo Capitão de Fragata Alexandrino Faria de Alencar. Durante esse movimento, por três vezes forçou a barra, sob o canhoneio dos fortes da entrada, sem maiores danos, e foi, finalmente, atingido pela Torpedeira Gustavo Sampaio, a 16 de abril de 1894, na barra norte de Santa Catarina, quando guardava o Porto do Desterro e, sozinho, assistia aos ataques da Flotilha legalista, resultando-lhe enorme avaria. Abandonado, foi aprisionado pela Esquadra adversária, recebendo do Almirante Jerônimo Gonçalves o nome de Dezesseis de abril, homenageando a data do combate em que ocorreu sua prisão, sendo substituído pouco depois pelo de Vinte e Quatro de maio, maior batalha campal da América do Sul ‒ Tuiuti, para voltar ao primitivo nome, após acalmados os ânimos políticos, por Aviso de 19 de abril de 1898.

 
 
 

Em março de 1901. Henrique de Santa Rita passou para o Vapor de Guerra “Andrada”.

Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha – Reprodução Vapor de Guerra “Andrada”

 

O Cruzador Andrada, ex-Britânia, ex-América, foi o único navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao santista José Bonifácio de Andrada e Silva, Patriarca da Independência. O Navio Mercante América foi construído em Bergen, Noruega e lançado em 1890. Era empregado no transporte de passageiros. Foi adquirido pelo Governo Brasileiro em 1893, no porto de New York por US$ 225.000.

Deslocamento: 1.877 ton. Dimensões: 85.60 m de comprimento, 11.28 m de boca, 7 m de pontal e 5.50 m de calado.
Propulsão: mista; vela armado em Iate e com máquina de tríplice expansão, gerando 3.600 hp. Velocidade: 17 nós Armamento: 2 canhões de 120 mm, 2 canhões de 76 mm, 2 canhões de 57 mm, 4 metralhadoras e 5 tubos lança-torpedos.

Em 1903 no mês de agosto Henrique de Santa Rita passou para o Navio Escola Trajano.

Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha – Reprodução Navio Escola Trajano

Corveta mista (depois classificada, sucessivamente, como cruzador e navio, escola).

Era de construção mista (madeira e aço) e de propulsão também mista (a vela e a vapor) e aparelhado a galera. O navio foi construído no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro sob os planos originais do construtor catarinense Trajano Augusto de Carvalho, de quem foi lhes dado o nome, por desejo do Imperador D. Pedro II, que esteve presente, a 27 de maio de 1872, ao batimento de sua quilha. Foi lançado ao mar a 12 de julho de 1873, ainda na presença do Imperador, do oficialato e cerca de cinco mil espectadores. Tinha as seguintes características: deslocamento, 1392 toneladas; comprimento, 200 pés, entre perpendiculares; boca, 31 pés; pontal, 19,5 pés; calado, 15 pés. As suas máquinas do fabricante John Penn & Sons, desempenhavam força de2.400 HP e velocidade de 12 milhas. Tinha uma chaminé telescópica e um hélice. Foi artilhado com três peças de calibre 70, modelo Whiteworth e outras menores. A 12 de julho de 1873, foi nomeado seu comandante o Capitão de Fragata João Antônio Alves Nogueira. A 17 desse mês, foi-lhe passada Mostra de Armamento, em obediência ao Aviso Ministerial do dia anterior. A 28 de fevereiro de 1874, realizou a primeira experiência até fora da barra: “Os balanços do navio foram tão suaves que fizeram desaparecer os receios que alguns tinham quanto à estabilidade”. Em abril de 1876, sob o comando do Capitão-Tenente Antônio Luís Teixeira, comboiou até a altura do Pará o vapor que conduzia os imperadores em viagem aos Estados Unidos, seguindo depois para Lisboa, de onde regressou comboiando o Monitor Javari.A 10 de maio, realizou a segunda experiência até fora da barra, com uma comissão abordo para dar parecer sobre suas qualidades náuticas. Zarpou para Montevidéu, com escalas pela Ilha Grande, São Sebastião, Santos e Santa Catarina, a 14 de fevereiro de 1879. Em 28 de maio de 1879, em águas de Santa Catarina, pôs a pique o Brigue espanhol, Maria Rosa, salvando-lhe, felizmente, a tripulação.

 
 
 

Já em setembro de 1903 Henrique de Santa Rita passou para o Navio Comandante Freitas

Vapor de Guerra Comandante Freitas – Reprodução

Paquete Itapeva, pertencente à Companhia Nacional de Navegação Costeira. Foi adquirido pelo Governo para a Repartição dos Faróis. Pelo Aviso de 4 de fevereiro de 1898, publicado em Ordem do Dia n.º 31, em 8 de abril, fez-se público que fora adquirido o Vapor Itapeva, que passou a chamar-se Comandante Freitas, em homenagem ao distinto Capitão de Mar e Guerra José Antônio de Oliveira Freitas. Recebeu o distintivo nº 57. Foi-lhe passada Mostra de Armamento a 9 de fevereiro de 1898.

Realizou diferentes comissões em fiscalização e montagens de faróis e no serviço de levantamento e balizamento da costa sob o comando dos Capitães-Tenentes Viriato Duarte Hall, Veríssimo José da Costa Júnior, Odorico Pinto da Silva Leal, Arnaldo Pinto da Luz e outros.

Quando sua mudança para o Vapor Comandante Freitas, em 4 de dezembro de 1903 destacou para a Companhia Novo Loyd Brasileiro a fim de fazer uma viagem ao norte do Brasil, regressando da mesma em fevereiro de 1904, data em que se apresentou novamente ao Vapor Comandante Freitas, Henrique de Santa Rita passou na mesma semana para o cruzador Tiradentes o qual permaneceu até julho de 1904.

O Cruzador Torpedeiro Tiradentes no porto de Nova York, abril de 1893 – Reprodução.

O Cruzador foi construído no estaleiro Armstrong de Elswick em Newcastle upon Tyne, Inglaterra. Foi lançado ao mar no ano de 1892.

O Tiradentes foi o único navio a ostentar este nome na marinha brasileira. Participou da Revolta da Armada sendo um dos que atacaram o Encouraçado Aquidabã na ocasião.

 
 
 

Também participou ativamente da questão do Cunani entre 1899 e 1900.

Até 1916 se manteve em atividade regular quando neste ano foi transformado em Aviso Hidrográfico, até 1917 quando foi rearmado como Cruzador em virtude do Aviso n.º 2067, de 30 de maio, sendo incorporado à Divisão Naval do Norte, então comandada pelo Contra-Almirante João Carlos Mourão dos Santos.

O Cruzador Tiradentes teve sua baixa registrada em 1919. No dia 5 de julho de 1925 naufragou na praia de Ipanema em São Francisco do Sul, Santa Catarina.

Ainda em julho de 1904. Henrique de Santa Rita foi designado a integrar a Flotilha do Mato Grosso.

Neste mesmo ano foi a Paranaguá visitando sua família e, apresentou-se a Capitania dos Portos solicitando passagens para o Mato Grosso, embarcou no Paquete Satélite com Destino primeiramente a Montevidéu chegando lá em 27 de julho e saiu de Montevidéu no Paquete Ladário em três de agosto de 1904, chegando em Corumbá em dezoito de agosto, apresentou-se para comandante da Flotilha embarcando no Navio Fernandes Vieira.

Canhoneira “Fernandes Vieira” – Reprodução.

Canhoneira, antigo Aviso de rodas n.º 1, construído no estaleiro Forges et Chantiers de la Mediterranée, na França, e lançado ao mar em 1868.
Foi o primeiro navio da Marinha do Brasil a ostentar o nome de Fernandes Vieira, homenageando João Fernandes Vieira, herói da guerra contra os holandeses.
Chegou ao Brasil no porto de Recife, em 13 de fevereiro de 1868, procedente da França, com escalas em Cartagena (Espanha), Gibraltar e São Vicente (Ilhas Cabo Verde – Portugal), depois de 47 dias de viagem.
Após a chegada ao Brasil, participou das últimas ações da Guerra do Paraguai, levando em abril de 1869 as últimas notícias da guerra para a cidade de Cuiabá no Mato Grosso.
Seu primeiro Comandante foi o Primeiro-Tenente Antônio Machado Dias.

Henrique de Santa Rita entre setembro e dezembro de 1904 esteve várias vezes em tratamento médico por diversos motivos por se encontrar extremamente doente, (imaginamos estafado).

Em dezembro de 1904 Santa Rita foi transferido para o Vapor Antônio João e, em janeiro de 1905 recebeu seu primeiro comando no Navio Canhoneira Carioca.

Canhoneira, construída no antigo Arsenal de Marinha da Corte por determinação do Conselheiro José Rodrigues de Lima Duarte, então Ministro da Marinha, sob os planos e direção do Capitão-Tenente construtor naval João Cândido Brasil, inspirado nos moldes das canhoneiras inglesas tipo Medwaye Medina. O primeiro navio da Marinha do Brasil a ostentar na popa o nome Carioca foi uma corveta, antiga charrua, de nome Leal Portuguesa, apresada em 1823 aos portugueses.

 
 
 

O segundo navio da Marinha do Brasil a receber o nome Carioca, foi um vapor de guerra, tipo rebocador, construído no Arsenal de Marinha da Corte, sob o risco e direção do construtor naval, primeiro-Tenente Carlos Napoleão Level.

Terceira unidade da Marinha do Brasil a ostentar este nome, a Canhoneira Carioca foi a terceira de uma série de quatro canhoneiras construídas. A primeira recebeu o nome de Cabedelo, a segunda Camocim, que foi lançada ao mar juntamente com a Carioca no dia 31 de junho de 1886, com a presença do Imperador e autoridades civis e militares.

A quarta e última canhoneira foi a Cananeia. Em 23 de outubro de 1886, foi-lhe passada a Mostra de Armamento. Seu primeiro Comandante foi o Capitão-Tenente Juvêncio Nogueira de Morais. O nome Carioca vêm de um pequeno ribeiro, cujas nascentes emanam das encostas alcantiladas do Morro do Corcovado, e, depois de um curso acidentado, vinha desaguar por dois braços na chamada Praiada Aguada dos Marinheiros, atual Praia do Flamengo.

Para os índios Tamoios que habitavam a costa do Rio de Janeiro e São Paulo, à época dos Descobrimentos, era uma espécie de rio sagrado, cujas águas davam beleza física e voz melodiosa a todos aqueles que nelas mergulhassem ou delas bebessem. Na linguagem desses índios, a palavra Carioca significa “descendente do branco, procedente do europeu, o mestiço de procedência do branco”. Seu casco foi construído totalmente em chapas de aço e cantoneiras fabricadas pela fábrica alemã Krupp, tendo sido empregado, também, ferro procedente das minas paulistas de Ipanema. Possuía as seguintes características principais: 210 t de deslocamento máximo; 37,3 m de comprimento total; 35,0 m de comprimento entre perpendiculares; 7,80 m de boca; 2,10 m de pontal; 1,20 m de calado médio.

Foto Reprodução Navio Cananeia , navio irmão ao Carioca Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha.

Em fevereiro de 1905 em virtude do telegrama recebido pelo comando da Flotilha, Henrique de Santa Rita entregou o comando do Navio carioca ao Tenente Agerico Ferreira de Souza, embarcou no Vapor Voluntario da Pátria.

No início de 1906 foi designado para o Navio Escola Primeiro de Março.

Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha Reprodução Navio Escola Primeiro de Março.

O Cruzador misto Primeiro de março, inicialmente classificado como Corveta, foi o único navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem à data em que terminou a Guerra do Paraguai, em 1870. Foi construído pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), segundo os planos do Engenheiro Naval João Cândido Brasil. Teve sua quilha batida em 2 de julho de 1879; lançado ao mar em 7 de outubro de 1881; mostra de Armamento em 13 de julho de 1882; e incorporado na mesma data. Pela Ordem do Dia n° 7,de 25 de janeiro de 1884, foi classificado como Cruzador. Por Aviso de 28 de novembro de1884, tomou o distintivo no 16. Possuía, inicialmente, as seguintes características: 726 t de deslocamento; 56,12 m de comprimento total; 50,63 m de comprimento entre perpendiculares, 8,46 m de boca, 4,27m de pontal, 3,05 m de calado à vante, 3,35 m de calado à ré; máquinas com 750 HP, sistema Compound, horizontal, que havia sido destinado ao Couraçado Silvado, então de baixa, e 10 milhas de velocidade máxima. A superfície vélica era de 778,03 m². Sua lotação era de 141homens.

 
 
 

Por decreto de dezessete de agosto de 1907 Henrique de Santa Rita foi promovido Capitão Tenente, elogiado diversas vezes nominalmente em diversas publicações nas ditas “Ordem do Dia” , exerceu um papel importantíssimo na conexão com a 4.º Esquadra do pacífico o qual recebeu elogios diversos do Almirante R. Venas Comandante da Esquadra pela sua atuação. Neste período ficou como imediato do cruzador Tiradentes.

No Periódico “A Imprensa” no Rio de Janeiro na sua edição 0833 de 2 de abril de 1910 nos informa que o Comandante Henrique de Santa Rita assumiu a “Escola de Aprendizes de Marinheiros de Santos”.

Escola de Aprendizes de Marinheiros de Santos – Reprodução.

Como informa o Jornal “Correio da Noite” em sua edição 00197 uma informação que o Comandante Henrique de Santa Rita foi designado para comandar a “Escola de Aprendizes de Marinheiro do Paraná” em Paranaguá isto tudo em 1913, consta que ficou 2 anos como Comandante em Paranaguá.

 

Membro da Loja Maçônica Perseverança de Paranaguá, informação encontrada no Museu Maçônico Paranaense.

Em janeiro de 1912 embarcou no Cruzador República.

Cruzador Republica – Reprodução

O Cruzador República, foi o único navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem a Proclamação da República em 1889. Foi construído pelo estaleiro Armstrong, em Newcastle-on-Tyne, Elswick (Reino Unido) em 1892. Era classificado como Cruzador de 2ª classe.

 
 
 

Em 14 de junho, durante a Revolta da Armada, comandado pelo Capitão-de-Fragata Álvaro Belfor, aprisionou o navio revoltado Júpiter, na costa de Santa Catarina.

Em setembro, aderiu a Revolta da Armada, tomando parte saliente em varias ações, entre elas o bombardeio a Fortaleza de Santa Cruz em Desterro (hoje Florianópolis).

Em 1915. Henrique de Santa Rita foi nomeado para a Capitania do Porto de Paranaguá, voltando por um período para sua terra natal…

Rio de Janeiro “O Paíz”edição 11304 Pag. 1 ano 1915.

Por Decreto de vinte de dezembro de 1917 Henrique de Santa Rita, foi promovido a Capitão de Corveta por antiguidade e, passou para o Tenente João Marques Filho o encargo de imediato do Navio Encouraçado Tiradentes. Em cumprimento ao telegrama n.º 52 do comando da Divisão Naval do Norte foi nomeado comandante do Navio Pindoré da Flotilha do Amazonas estacionado em Belém, conforme consta na ordem do dia n.º 91 foi transferido ao Encouraçado Deodoro no cargo de Imediato em 23 de setembro de 1918.

Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha – Reprodução

Encouraçado guarda-costas, da mesma classe que o Floriano, construído nos Estaleiros Forges et Chantiers, em Toulon, França, sob a supervisão da comissão fiscalizadora chefiada pelo Almirante José Cândido Guillobel. Foi lançado ao mar em 20 de junho de 1898, quando passou por mostra de armamento e foi incorporado a Marinha do Brasil.

Cabe destacar que, durante o ano de 1918, por ocasião do surto de gripe espanhola, 110 militares da tripulação foram acometidos da moléstia em Recife, não havendo nenhum óbito.

Henrique de Santa Rita foi transferido para a superintendência da Diretoria de Hidrografia da Marinha no Rio de Janeiro em 1919 aonde foi nomeado chefe.

Faleceu repentinamente no Rio de Janeiro para onde fora designado para o Serviço de Hidrografia e sofreu uma “congestão cerebral” nas dependências do clube naval enquanto se dirigia para o banho em 31 de agosto de 1919.

Nos informa a “Gazeta de Notícias” do Rio de Janeiro que no “Cemitério São João Batista foi sepultado ontem o Capitão de Corveta Henrique de Santa Rita conforme noticiamos anteriormente, faleceu anteontem a tarde na sede do Clube Naval repentinamente quando ia banhar-se no banheiro daquele clube, o corpo do malogrado oficial foi velado ontem a noite e todo o dia velado por oficiais da armada, colegas, alguns amigos e praças do batalhão naval, antes do saimento fúnebre efetuou-se a encomendação do corpo pelo vigário de São José e, às cinco horas da tarde o corpo do Comandante Henrique de Santa Rita foi transportado do segundo andar do clube naval aonde fora colocado no salão das conferências que fora transformado em câmara-ardente, seguraram as alças do caixão os, Almirantes Gomes Pereira, Alexandrino de Alencar primeiro-tenente Pena Botto este representando o Ministro da Marinha, Capitão Tenente Lemos Lessa secretario do Clube Naval, Dr correia de Freitas e o Capitão de Mar e Guerra Sadoc de Sá, ao ser o caixão colocado no coche fúnebre uma companhia de Guerra do Batalhão Naval, comandado pelo Capitão Tenente Marcos de Alencastro Grassa, prestou as honras militares a que ele tinha direito, seu caixão foi envolto na bandeira nacional seguindo o féretro para aquela necrópole aonde chegou as 18:00, entre as pessoas presentes na despedida do saudoso oficial viam-se os seguintes: capitão de Fragata Horacio schiavocchi adido Naval Argentino, Almirante Gomes Pereira Presidente do Clube Naval, Almirante Alexandrino de Alencar, primeiro-tenente Pena Botto representando o Ministro da Marinha, Primeiro Tentente Jaciano Barros, Capitães de Corveta Api Couto, Silveira da Gama, Ferraz de Castro vários militares e, representando o Centro Paranaense de Letras Nestor Vitor, Martins Veiga representando o Loyd Nacional e outros, muitas coroas colocadas sobre o ataude, foi anteontem inumado no Cemitério São João Batista.

 
 
 

Terça Feira 2 de setembro de 1919″.

Jornal “A Época” Ed. 2692 1 set de 1919.

Em 7 de setembro de 1919, fundava-se em Paranaguá o Clube de Regatas “Comandante Santa Rita”

Para conhecimento da geração atual, transcrevemos vários trechos da ATA da primeira Sessão da Assembleia Geral realizada às 20 horas do dia 8 de setembro do ano de 1919, para a instalação do referido Club.

“Às vinte horas do dia oito de setembro de mil novecentos e dezenove, no salão nobre do Clube Republicano, gentilmente cedido por sua Diretoria, achavam-se presentes os senhores: Dr. Antenor Coelho, Cel. José Gonçalves Lobo, sr. João Henrique Costard, Joaquim do Amaral e Mello, José Lucas Evangelista, José Ferreira, Antonio Correia de Souza, José Tramujas, Bernardino Souza, Genaro Regis, Caetano Lucas Evangelista, Arthur Godoy, Severo Cavalcanti Rocha, Arth Correia de Lima, Anibal Ribeiro, Othilio Gomes da Cruz, Evandro de Oliveira, Benedito Wenceslau Carneiro, Heitor Santos, Luiz Torres, Altamirano Pereira, Olavo Bório, Docilo Silva, Marcelino Rivelis, Souzipather Vianna, Antonio Romualdo Vidal, Agripino Picanço, Manoel Nunes Barranco e José Lobo Junior”.

Assim foi a fundação do Clube de Natação e Regatas “Com. Santa Rita”. Seus Estatutos foram muito bem elaborados. Hoje, a reorganização está sendo feita com carinho e sua atuante Diretoria cuida de conseguir da CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE DESPORTO, a vinda para PARANAGUÁ, da “Federação Paranaense de Remo”.
Já fazem parte dessa “Federação” o Clube de Natação e Regatas, o Iate Clube, o Clube Literário, o Clube Olímpico e o Seleto. Parabéns, tradicional Clube de nossa PARANAGUÁ !
Esperamos assistir, muito em breve, as formidáveis ‘regatas’
em no nosso querido rio ITIBERÊ ! . . .

 
 
 

Hamilton Ferreira Sampaio Junior

Paulo Roberto Soares Silva.

Referências:

VIANA, Manoel. Paranaguá na História e na Tradição: Paranaguá na História e na Tradição. 54. ed. Paranaguá: Independente, 1971. 461 p. v. 1. ISBN XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.

DA MARINHA, Ministerio. Relatorios da Marinha: Relatorios da Marinha. In: DA LUZ, Pinto. Relatorios da Marinha : Relatorios da Marinha. 1. 00001. ed. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1900. 570. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=873888&pesq=%22Henrique%20de%20Santa%20Rita%22&pagfis=4078. Acesso em: 18 mar. 2021.

Biblioteca Nacional

DA MARINHA, Ministerio. Relatorios da Marinha: Encouraçado de Esquadra Aquidabã. In: DA LUZ, Pinto. NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS : Encouraçado de Esquadra Aquidabã. 1. 00001. ed. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1900. 570. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=873888&pesq=%22Henrique%20de%20Santa%20Rita%22&pagfis=4078. Acesso em: 18 mar. 2021.

DA MARINHA, Ministerio. NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS: Encouraçado de Esquadra Aquidabã. In: DA LUZ, Pinto. NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS : Encouraçado de Esquadra Aquidabã. 1. 00001. ed. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1900. 570. Disponível em: https://www.naval.com.br/ngb/A/A090/A090.htm. Acesso em: 18 mar. 2021.

ANNAES DA CAMARA DOS DEPUTADOS, Annaes da Camara dos Deputados. Annaes da Camara dos Deputados: Annaes da Camara dos Deputados. In: Annaes da Camara dos Deputados: Annaes da Camara dos Deputados. 1. 1. ed. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1898. 570. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=060917_01&pesq=%22Henrique%20de%20Santa%20Rita%22&pagfis=30953. Acesso em: 2 jan. 2021.

DA MARINHA, Ministerio. Revista Maritma Brazileira: Revista Maritma Brazileir. Revista Maritma Brazileir: Revista Maritma Brazileir, Rio de Janeiro, ano 1, v. 1, n. 1, ed. 54, p. 1-1221, 1909.

Livro de Mestre da Marinha do Brasil “Henrique de Santa Rita livro 47308 e 47330.

Wikipédia

DA MARINHA, Ministerio. Revista Maritma Brazileira: Revista Maritma Brazileir. Revista Maritma Brazileir: Revista Maritma Brazileir, Rio de Janeiro, ano 1, v. 1, n. 1, ed. 54, p. 1-1221, 1909.

Museu Maçônico Paranaense, Loja perseverança Membros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

 

 

 

 

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