O professor Honório Décio da Costa Lobo nasceu a 11 de novembro de 1831 em S. Paulo. Era filho do Comendador Francisco de Paula Lobo e de Dona Rosa Joaquina da Costa Lobo. Décio realizou os estudos primários no Colégio Diocesano de S. Paulo.
Veio para a Província do Paraná durante o governo de Zacarias Goes de Vasconcelos, logo após 1854, segundo uma lista de votantes da Igreja de Paranaguá de 1861 encontramos ele residindo no 1º quarteirão.
Nomeado oficial da Secretaria da Assembleia Provincial, cargo que ocupou por algum tempo. Presidiu o Clube Literário de 1873 a 75 e de 1877 a 78. Durante o período em que exerceu o cargo de secretário da Câmara, deu início à publicação do Almanaque dos Municípios.
No ano de 1873 esteve a frente da recepção ao engenheiro Pedro Aloys Scherer no início dos trabalhos de construção do trecho de ferrovia entre Paranaguá e Morretes.
Professor culto, com acentuada vocação para o magistério, foi nomeado pelo Governo Provincial, Professor Público de Paranaguá, função que exerceu por mais de 30 anos. No ano de 1876 ministrava um curso “Especial de Gramática” no Club Litterario.
Foi Inspetor Escolar e Secretário da Câmara Municipal de Paranaguá, onde prestou assinalados serviços ao município. Escritor fluente e grande pensador, colaborou assiduamente na imprensa. Cuidadoso pesquisador escreveu algumas “Memórias” sobre Paranaguá, trabalhos de valor histórico que lhe valeram o título de Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Em 1889 foi eleito Deputado à Assembleia Legislativa Provincial do Paraná, mandato que não exerceu em virtude da queda do governo monárquico. Por três vezes ocupou a Presidência do “Club Litterario” e em atenção a seus altos méritos e aos relevantes serviços que prestou, foi agraciado com o título de Sócio Benemérito.
Em 1888 foi redator do jornal “A Luz”.
Destacou-se por seu aproveitamento, principalmente no estudo de línguas. Era destinado à carreira eclesiástica, mas, sentindo que não tinha pendor para o celibato, desistiu dos estudos teológicos e canônicos. Dedicou-se à carreira burocrática. Foi praticante da Secretaria da Fazenda, 1854; amanuense da secretaria do governo provincial; oficial da secretaria da Assembleia Legislativa Provincial, onde se manteve durante muitos anos. Pediu demissão desse cargo para dedicar-se ao magistério público em Paranaguá, em cuja cidade serviu como secretário, em comissão, da Prefeitura Municipal. No exercício de sua cátedra, revelou raro zelo, competência e dedicação à nobre missão de ensinar.
Ao mesmo tempo que iluminava as mentes infantis, formava o seu coração, tornando-os educados perfeitamente. Lecionou durante trinta anos. Nas horas de lazer, preenchia o tempo, pesquisando fatos históricos. Era sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Casado com Ernestina de Miranda Lobo o qual ficou viúvo em 1889.
Foi pai adotivo de Celmiro Décio da Costa Lobo. Foi casado em segundas nupcias com Dona Elvira Amélia de Miranda Lobo e teve com ela os seguintes filhos: Décio da Costa Lobo, Drausio Decio de Miranda Lobo, Amélia de Miranda Lobo da Costa e, Elvira de Miranda Costa Lobo.
Eleito deputado, não pode tomar assento na sua cadeira, porque a Assembleia fora dissolvida em consequência da proclamação da República.
Foi Membro da Loja Perseverança de Paranaguá no ano de 1901.
Periódico ‘O Jerusalém” de 1901.
Uma Rua em Paranaguá leva seu nome Rua Professor Décio.
Faleceu em Paranaguá.
Hamilton Ferreira Sampaio Junior
Referências:
NICOLAS, Maria. A Alma das Ruas de Paranaguá: A Alma das Ruas de Paranaguá. 4. ed. Curitiba: Própria, 1964. 55 p. v. 4.
Instituto Moisés Soares http://msinstituto.blogspot.com/
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Arquivo Público do Paraná BR PRAPPR PB001 IIP787.57.
Instituto Moises Soares, Http://msinstituto.blogspot.com/, p. 1, 11 fev. 2016.
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