Hypolíto Alves de Araújo, nascido em Morretes provavelmente em idos de 1847, filho do Capitão Hypolito José Alves e Maria Rosa filha do Sargento Mor da cidade de Antonina Paraná, teve como irmãos Irmãos: Antonio Alves de Araújo, Maria Rosa, Hipolita Alves, Francisco Alves, Manoel Alves, Domitila, Querubina, Henrique Alves e Joaquim Alves.
Foi educado na Alemanha, casou-se com sua sobrinha, Emília Marcondes Alves de Araújo, filha do conselheiro Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá.
Iniciado na Loja Perseverança de Paranaguá em 9 de setembro de 1869.
Foi Coronel da Guarda Nacional e deputado provincial de 1882 a 1883, e de 1884 a 1885.
Nomeado tenente do batalhão “Custódio de Melo”
Foi também a função de brigadeiro.
Exerceu ainda outros cargos de nomeação.
Um dos lideres do Partido Liberal, contava com grande prestigio no litoral e também nos Campos Gerais.
Em 1897 ele e o sogro fizeram importantes donativos para a Diocese de Palmeira.
O Sr. brigadeiro Hipólito Alves de Araújo, em testemunho de sua satisfação pelos excelentes resultados da visita do bispo D. Lino à paróquia de Palmeira, deu liberdade, sem condição alguma a seu escravo Francisco, de 30 anos de idade.
E assim sucediam-se as libertações, para cumprir a última vontade de uma moribunda, para celebrar a formatura de um filho ou a fundação de sociedades emancipadoras, para lembrar o aniversário da morte de pessoas da família ou o aniversário de casamento, para homenagear parentes ou amigos pelo regresso após longa ausência.
Muitos escravos obtinham a liberdade quando inauguravam escolas.
Participou como maçom da Loja Estrela de Morretes.
Foi Deputado provincial nas gestões de 1882 1883 e, em 1884 e 1885.
O serviço de catequese de Palmeira era dirigido pelo brigadeiro Hypolito Alves de Araujo, sendo diretor dos índios de Guarapuava, Luiz Daniel Cleve que “possuia grande cópia de conhecimentos acerca dos costumes da raça aborígenes”.
Cleve apresentou um relatório que Souza Dantas, qualificou de luminoso, nesse documento calculava a população indígena de Guarapuava em 2.500 almas, sendo os principais caciques: Bandeira, Paulino e Francisco Tigre; caciques subalternos conhecidos eram Felizardo, José Cafang, Nhazoro, Gregorio e Mayor.
Foi agraciado com a Comenda do Rosa.
Participou ativamente como socio da Associação Comercial do Paraná.
Com o advento da República, acompanhou ao Conselheiro Jesuíno Marcondes, quer durante a sua permanência em S. Paulo, quer durante seu voluntário exilio na Suíça, aonde fixou residência;
Faleceu na Suíssa aonde residia em 22 de dezembro de 1901.
Hamilton Ferreira Sampaio Junior
Referências:
NEGRÃO, F. op.cit.,1926, Vol.1, p.397; NEGRÃO, op.cit., 1928, vol.3, p.81-2; NEGRÃO, F. op.cit., Vol.5,
p.270-271;
Alessandro Cavassin Alves (2014). «A Província do Paraná (1853-1889) a classe política. A parentela no governo.» (PDF). Universidade Federal do Paraná – Tese de Doutorado em Sociologia. Consultado em 26 de junho de 2018
Anuário genealógico brasileiro, Volumes 3-4» . 1941. Consultado em 26 de junho de 2018
Carlos Zatti (2011). «Campeiros Do Paraná Tradicional» . Consultado em 26 de junho de 2018