José Cardenas do Amaral Nascido em Paranaguá em 1815, residiu em Paranaguá até idos de 1860, após isto mudou-se para Antonina vindo a ser Vereador e comerciante daquela cidade, casado com Maria Teixeira de Carvalho.
Foi Membro da Loja União Paranaguense nos anos de 1846, 1847
Foi Hosp∴ da Loja Maçônica União Paranaguense no ano de 1846, 1847 e 1848 sendo eleito para o cargo de Hosp∴ com 9 votos segundo documento (processo eleitoral) desta mesma oficina para o exercício de 1848.
Ata da Sessão de Eleição da Loja União Paranaguense no ano de 1846.
Sabemos por meio da ATA que José Cardenas do Amaral esteve presente na sessão eleitoral da Loja União Paranaguense em setembro de 1847.
A loja “União Paranaguense” funcionava em um prédio alugado na Rua do Fogo, mas entre 1845 e 1847, passou a construir Templo Próprio na Rua da Misericórdia, prédio este que ocupou no ano de 1848.
Em 01 de Julho de 1850 esteve envolvido na ação contra o “Comorant” citado na obra “Cronologia do Paraná”, em uma lista de personagens paranaguaras que se destacaram na ação.
Sobre o Cormorant leia mais em:
“Alguns parnanguaras, cerca de uns 80, especialmente jovens, inconformados com a violação das nossas águas territoriais, se reuniram e foram levar o ofício, ao Juiz Municipal que se recusou recebe-lo alegando que era apenas uma autoridade judiciária.
Em seguida foram ao Delegado de Polícia que também referiu não ser de sua alçada sendo então visitado a autoridade militar, o coronel da Guarda Nacional o maçom Manoel Antônio Guimarães (“Loja União Paranaguense”), futuro Visconde de Nácar, o qual alegou que se deveria ouvir a palavra do Capitão Joaquim Ferreira Barbosa comandante da Fortaleza da Ilha do Mel.
Ao ser perguntado pelo jovem Francisco José Pinheiro o que fazer com o oficio, o coronel sugeriu ironicamente: “deite-o no correio, que há de ir para a pessoa mais indicada para recebê-lo”.
Entretanto o Juiz municipal do Termo de Paranaguá Filastro Nunes Pinto, enviou um oficio ao comandante do Comorant protestando contra a invasão e exigindo o respeito aos “mares territoriais” brasileiros.
O povo achou que as autoridades locais foram ineptas e, na mesma noite improvisaram embarcações após conseguirem armas munições alimentos se dirigiram até a Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres da Barra de Paranaguá localizada na Ilha do Mel, e desta vez convenceram o seu comandante o Capitão Joaquim Ferreira Barboza, sobrinho do Cônego Antônio Januário Barboza, maçom que participou ativamente da fundação do Grande Oriente Brasiliano e da Independência do Brasil, partidário de Ledo, a abrir fogo quando o navio estivesse saindo da baia”.
Em 1864, já estava morando em Antonina e era Vereador do Municipio.
1864 edição 0521 Jornal Dezenove de Dezembro datado de 17 de setembro pág. 4.
Em sua Tese de Doutorado Alessandro Cavassin apresenta José Cardenas como Vereador no período de 1865-1868.
Em 1880 e 1881 exerceu o cargo de Sub Delegado do Distrito de Antonina.
Em 1884 o Periódico Dezenove de Dezembro nos informa que José Cardenas havia sido eleito suplente de Juiz Municipal, podemos com isso perceber à sua influência no meio político da cidade, havendo ocupado diversos cargos eletivos e nomeados.
1884 edição 055 Dezenove de Dezembro 4 de março pág 4.
Em 1885 participa de um grupo de comerciantes do litoral capitaneados pelo Comendador João Manoel Riberio Vianna a respeito de seu apoio a construção do ramal Ferroviário entre Morretes e Antonina, no ano em que se inaugura a Ferrovia Curitiba Paranaguá.
Faleceu em 13 de setembro de 1906 com 87 anos, em sua chácara que segundo o registro de óbito se situava na margem direita da Estrada da Graciosa município de Antonina, outra observação é que faleceu sem atendimento médico por isso o registro do óbito foi acompanhado por duas testemunhas.
Hamilton Ferreira Sampaio Junior
Referências:
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SANTOS, Antonio Vieira dos. Memória Histórica: Paranaguá. 1. ed. Paranaguá: Própria, 1951. 422 p. v. 1. ISBN xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
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BRITO, Edilson Pereira. SOLDADOS DA NAÇÃO: OS PRAÇAS E A GUARDA NACIONAL NA PROVÍNCIA DO PARANÁ (SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX): SOLDADOS DA NAÇÃO: OS PRAÇAS E A GUARDA NACIONAL NA PROVÍNCIA DO PARANÁ (SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX). Orientador: Prof Dra Silvia Hunold Lara. 2018. 266 f. Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Doutorado Historia) – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS, CAMPINAS, 2018.
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Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá
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Wikipédia
Biblioteca Nacional – Hemeroteca
Histórico da Biblioteca no sítio da Fundação Biblioteca Nacional
MORAES, Rubens Borba de. e AZEVEDO, Elisa de Mello Kerr. (novembro de 2017). «Livros e Bibliotecas no Brasil Colonial. 2 ed. Brasília: Briquet de Lemos/ Livros, 2006, p. 20. p.60.» (PDF).
TJPR-Catalogação dos Processos de Paranaguá (1711 – 1991)