Nascido em 21 de julho de 1872, em Porto de Cima, Morretes, Paraná, Brasil, filho do Cel. Joaquim Antonio de Loyola e Guilhermina dos Santos Loyola, Contraiu matrimonio em 5 de abril de 1902 em Antonina com Anna Emília Soares (Dona Mimi) (filha de Antonio Soares Gomes e de Maria Julia Soares), teve com ela os seguintes filhos:
Ismenia, Raul, Ruth, Ruy, Rachel, José Guilherme.
O Coronel Lauro de Brazil Loyola foi cunhado de David Antonio da Silva Carneiro, terminou seus estudos em Curitiba e cursou direito na Capital do Império.
Sempre se destacou em posições politicas de relevo principalmente em sua cidade de coração Antonina, foi funcionário do Departamento Nacional do Café, foi em um momento injustiçado pelos seus opositores políticos, mas nunca sendo provado nada que lhe comprometesse sua conduta.
Otavio Secundino assim explanou sobre ele:
O Coronel Lauro do Brasil Loyola, aquele Nhô Lauro que todos queriam bem, foi imperecivelmente, um dos homens que na realidade viveu para o bem e foi bom para todos.
Aliás era um dom dos Loyolas, é uma gente que nasceu para o bom humor, bálsamo da vida para a cordialidade comunicabilidade para o afetivo. Coração completo Lauro tinha o tamanho de sua altura, majestoso, esbelto empolgante e atraente, tinha sempre um sorriso aflorado, e um sorriso puro sincero, um sorriso dos bons amigos, muito amigo de seus amigos.
Cidadão de conduta modelar, linhagem, distinção e probidade. Na sociedade refletiasse esplendorosamente o timbre de sua conduta ilibada,
Foi um comerciante de projeção na cidade e cuidava de sua labuta nas sendas do direito.
No ano de 1888 já estava em plena atividade social na cidade de Antonina, fazendo parte da Diretoria do Grêmio Litterario “Clarimundo Rocha”.
No ano de 1894 solicitou licença para montar uma fabrica de chumbo.
No ano de 1895 assumiu como juiz substituto da cidade de Antonina.
No ano de 1897 era Juiz de Direito da Vara de Família.
Em 1903 esteve como 1 Vig da Loja Estrela de Antonina
No mesmo ano encontramos noticia que sua esposa Dona Anna confeccionou o Estandarte da Loja Maçônica Estrela de Antonina.
No ano de 1901 era prefeito de Antonina ficando 1903, 1904, 1908 e 1912.
Em 1903 estava como camarista na cidade de Antonina.
Ainda em 1903 retirava-se da sociedade da empresa Leopoldino de Abreu.
Fez parte de uma comissão formada em Antonina para enviar recursos a questão dos limites entre Parana e Santa Catarina.
No ano de 1905 foi Tesoureiro da Santa Casa de Antonina.
No ano de 1910 entrou de sócio no Club Litterario de Paranaguá.
Era membro do Partido Republicano.
Em 1911 como prefeito municipal, solicitou ao Governo melhorias para ampliação das atividades portuárias, o que foi negado.
Vamos tratar do Clube Atlético “D.N.C.”, uma das associações esportivas da cidade de Paranaguá
Em virtude do crescente entusiasmo que vinha reinando em todas as esferas desportivas de Paranaguá, no campeonato de 1939, por um grupo de funcionários do Departamento Nacional do Café, depois de vários dias de confabulações, criou-se um novo clube, denominado: “Clube Atlético D.N.C.”
Para concretizar a idéia, em 23 de janeiro de 1940, em sessão extraordinária, foi eleita a sua primeira Diretoria, ficando assim constituída:
Para Presidente: Nelson Goudinho;
Vice-Presidente: José Xavier da Silveira;
1° Secretário: Régis Constantino;
2° Secretário: Sadi Miranda;
1° Tesoureiro: Manoel Nascimento Sobrinho;
2° Tesoureiro: Osmar Nascimento;
Diretor Social: Coronel Lauro Loiola;
Diretor Desportivo: Emídio Veras Neto.
Anteriormente, isto é, antes de 1940, os campeonatos da cidade eram sempre
disputados por seis ou mais clubes.
Daquela época em diante, porém, não mais surgiram novas agremiações.
A novel agremiação fêz sua estréia em 1940, lutando com adversários já
traquejados, tais como: o Paranaguá, Rio Branco e Elite, em cujos embates muito
teve de lutar, acabando por contentar-se com o último pôsto da Tabela.
Naquele ano, 1940, o seu quadro de estréia estava assim constituído: Feio,
Morais, Nei, Osmar, Rui, Wilson, Célio, Jorge, Xandoca, Acir, Candinho, Evandro
e Popó
Lauro de Loyola Brasil faleceu em 21 de julho de 1978, deixando um legado importante para a medicina e a literatura brasileiras.
Foi um Hércules na vida comercial, politico moderado e tolerante, combatente do terreno da ética e da elegância, vindo a exercer funções de nomeação eletivas, Antonina sua terra por quem ele sempre tudo fez e que queria com este leal carinho de bom filho.
Hamilton Ferreira Sampaio Junior
Referências:
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