Manuel do Vale Porto

hamilton |02 janeiro, 2024

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Nasceu por volta de 1670, em Valongo, no distrito do Porto, em Portugal.

Casou-se no Brasil, com Maria de Cáceres, nascida no Rio de Janeiro, irmã do Cónego Veiga Coutinho, fundador da Capela do Bom Jesus dos Perdões que foi origem da atual cidade de São José dos Pinhais, assistiam, portanto, ao português filho de Valongo, os predicados que o recomendavam ao exercício dos cargos de governança.

Segundo Vieira dos Santos  no ano de 1709 Manoel do Vale Porto era escrivão da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Igreja Matriz da Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá.

Em 1712, o Capitão Manoel do Vale Porto como sargento-mor recebeu carta de sesmaria, estabelecendo-se no Morro da Graciosa, no Paraná.

Ali, com grande número de escravos, iniciou trabalhos de mineração e agricultura.

Pouco depois, conseguiu autorização para a construção de uma capela, que denominou de Capela de Nossa Senhora do Pilar, e foi inaugurada em 12 de Setembro de 1714.

O povoado que surgiu ao redor da capela passou a ser chamado de Vila do Pilar, e seus habitantes eram conhecidos como os “capelistas”.

No ano de 1719 através da provisão 81 Vieira dos Santos nos informa que Vale Porto ainda assinava como tesoureiro pela Irmandade da Matriz de Paranaguá, assinou juntamente com outros esta provisão.

Em 1797, a povoação foi elevada a vila, com o nome de Antonina (em homenagem ao Príncipe Dom Antonio, filho mais velho de Dom João VI e Carlota Joaquina).

Entretanto, a narrativa sobre o surgimento e a subsequente criação de Antonina remonta ao dia 27 de novembro de 1646, quando Gabriel de Lara concedeu permissão para os assentamentos de Antônio de Leão, Pedro Uzeda e Manoel Duarte na região de Guarapirocaba, que hoje corresponde à cidade e à baía de Antonina.

Após dois anos de residência nas terras, conforme as exigências estabelecidas, Antônio de Leão, Pedro Uzeda e Manoel Duarte foram agraciados com o título das três sesmarias, devidamente delimitadas.

Antônio de Leão recebeu o seu documento autêntico em 26 de dezembro de 1648, enquanto os outros dois o obtiveram em 03 de outubro de 1649, como consta na outorga completa registrada no livro de Ermelino de Leão.

A partir desse período, o novo povoado começou a atrair aventureiros em busca da promissora presença de ouro na região, e assim, o contingente populacional começou a crescer até 1712, quando Manoel do Vale Porto chegou ao vilarejo. Encantado com a considerável quantidade de habitantes e percebendo o fervor religioso dos mineiros, garimpeiros e agricultores que realizavam preces à Nossa Senhora do Pilar em uma pequena capela na localidade, hoje conhecida como bairro da Graciosa, Manoel do Vale Porto fez a promessa de construir uma igreja de maior porte dedicada à Santa.

Isso se deu porque a Capelinha já não comportava a presença de tantos devotos.

Erigida a capela como os devotos queriam, pois estavam sujeitos a prestar devida obediência aos preceitos religiosos, Capitão Manoel do Vale Porto como sargento-mor  tratou de iniciar então a construção de um templo pôde obter que a nova capela fosse a Matriz da Paróquia a ser criada e, a 14 de agosto de 1722 foi inaugurado o templo.

A freguesia aumentava, e, após reiterados pedidos do Capitão Manoel do Vale Porto como sargento-mor  e dos moradores, foi ela por portaria de 29 de agosto de 1797, do governador e Capitão General da Capitania de São Paulo, ANTÔNIO MANOEL DE MELLO E CASTRO, elevada à categoria de vila e município.

O sargento-mor infelizmente não pôde assistir a este acontecimento, pois faleceu a 2 de janeiro de 1740.

 

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