Comendador Manoel Miró nasceu em Morretes aproximadamente em 1830, filho de Manoel Miró e Escolástica de Freitas ambos os espanhóis naturais da Catalunha, contraiu núpcias no dia 11 de junho de 1859 na cidade Paranaguá com Ermínia Guimarães, filha do Visconde de Nacar.
O Comendador Manoel Miró dedicou-se desde cedo ao comércio e a indústria montou um estabelecimento de preparar erva‐mate, falava fluentemente três idiomas, francês, inglês e o espanhol.
Seu pai Manoel Miró era sócio do Capitão Mor de Paranaguá nas aguas do Rio Cubatão (Nhundiaquara)
1824 – Morretes “Provisão de 27 de fevereiro da Real Junta da Fazenda de São Paulo participando á Camara de haverem arrematado o Contracto dos Cubatões de Paranagua o Capitão mór Manoel Antonio Pereira e seus sócios Antonio José de Araújo, Antonio Ricardo dos Santos, Francisco José de Freitas, Manoel Miró e o Guarda mór Manoel Alves Alvim cujo triennio teve princípio no 1° de Janeiro déste anno”.
1842 na Vila de Morretes.
“Secção ordinária do dia 15 do mesmo mez. A Cámara tratou sobre dar se esgoto ás agoas que se achavão estagnadas na baixa que o terreno desta Villa, fas atras dos quintaes dos proprietários Manoel Miró, Ignaçio de Loyolla, Manoel Ribeiro de Macedo e D. André Rondom, e abrio se o esgoto das mesmas agoas. Determinou se ao Inspector do Quarteirão do Porto de Cima que mandasse roçar o arruamento daquella povoação”.
Em 1823, o Contrato ainda estava sob administração da Câmara de Paranaguá.
Já no ano seguinte, Alvará de 16 de março de 1824 era passado pela Junta da Fazenda da Província de São Paulo aos arrematantes do Contrato das Passagens do Cubatão, o Capitão-Mor Manoel António Pereira e seus sócios António José de Araújo, António Ribeiro dos Santos, Francisco José de Freitas, Manoel Miro e o Guarda-Mor Manoel Alves Alvim, que arremataram o triénio a iniciar-se a 1.° de janeiro de 1824 e que há de findar no último dia de dezembro de 1826, pelo preço e quantia de 2:520$000 livres para a Fazenda Nacional, fora as propinas de 8%. O Alvará era assinado por Cândido Xavier de Almeida e Souza, presidente da Junta.
Em 1847 o capitalista Manoel Miró (Pai), alto comerciante em Morretes, indo ao Rio de Janeiro, dali trouxe em sua companhia o professor de música e piano Angelo Martins Ferreira, para ensinar a sua filha. Mestre Angelo abriu um curso de musica tendo ocasião de ensinar piano e canto a grande numero de moças das principais famílias, entre outras as filhas do Tenente Coronel Ricardo José da Costa Guimarães, D. Guilhermina Maria Guimarães, Emilia, Saturnina e Julia; as filhas do Coronel Manoel Gonçalves Marques, Anna e Izabel; as filhas do Comendador Manoel Francisco Correia Júnior; do Comendador Hypolito José Alves; de D. Rosa Maria de Lima.
Rosa Miró de Freitas irmã do comendador Manoel Miró, aprendeu a musica, piano e canto. D. Joa[1]quina Maria de Lima aprendeu musica e piano e “cantava divinamente”, D. Maria dos Anjos Cordeiro, aprendeu musica e piano, D. Anna Amélia de Siqueira aprendeu musica e piano, D. Belisa Gonçalves de Moraes, filha de Américo Gonçalves de Moraes frequentou a aula de musica, D. Hyppolita e sua irmã Domitilla, filhas do Capitão Hypolito José Alves aprenderam musica e piano bem como D. Maria Luiza de Araujo, D. Maria Gonçalves de Lima, D. Maria Narciza dos Santos, filha do Coronel José Antonio dos Santos, Cândida Gomes, filha de Antonio Luiz Gomes, D. Joaquina da Cruz, filha de Joaquim Antonio da Cruz; Anna Nóbrega, filha de Antonio José de Araujo, D. Alexandrina Pereira da Costa, filha do major Antonio Pereira da Costa e muitas outras.
Já no ano de 1854 estava em Paranaguá e foi nomeado Vice Consul da Espanha.